sábado, 30 de maio de 2009

Tomara-que-caia...



Eu sou uma apaixonada por modelos tomara-que-caia, por isso resolvi pesquisar o assunto para não fazer feio, para saber se posso usar, e por quanto tempo ainda poderei fazer uso... Foi aí que encontrei essa matéria com dicas preciosas sobre o assunto...

O texto abaixo é de Ruth de Aquino e foi extraído da coluna 'Mulher 7x7' da Revista Época.

"É uma cena recorrente. No calor, sempre tem alguma mulher de tomara-que-caia puxando o vestido pra cima e ajeitando os seios. Quando o corpo ajuda e o design também, um tomara-que-caia bem cortado causa sensação. Pode fazer padre tropeçar na batina e bater com a cara no poste. Mas, quando está tudo errado, o efeito é o oposto. Sabe quando os seios se tornam duas almofadas perto do pescoço? Em vez de sexy, uma mulher pode parecer mais velha ou mais gorda com um tomara-que-caia. É um perigo.

Quando vi ontem a atriz Susana Vieira de longo laranja rodado tomara-que-caia em Portugal, resolvi perguntar a duas estilistas, Costanza Pascolatto e Gloria Kalil, quem pode usar esse tipo de vestido sem risco. Não perguntei em proveito próprio. Além de não ter nada a ver comigo, eu não me sentiria confortável – e quando não me sinto confortável, é impossível eu me sentir bem e, menos ainda, sensual ou desejada. Mas admiro as mulheres que ousam e ficam lindas com um tomara-que-caia.

Diz a lenda que o primeiro tomara-que-caia que causou foi o da atriz Rita Hayworth (foto) no filme Gilda, em 1946. Ela canta Put the Blame on Mame usando um modelo de cetim e luvas compridas. Divina.

Mesmo sem ser Gilda, é possível usar tomara-que-caia com classe. Hoje, é o modelo de decote favorito das noivas. Aí vão 14 dicas de duas mulheres que entendem tudo.


Glorinha Kalil

1 - Quem tem corpo curto não deve usar. Porque fica sem espaço entre o pescoço e a cintura.

2 - Seios grandes são um complicador. O vestido muito estruturado joga os seios para cima, junto aos braços. Se o vestido não tiver estrutura, os seios ficam meio achatados e caídos – e o vestido pode acabar caindo também com o peso.

3 - Tomara-que-caia exige cintura fina. Estômago saliente fica mais saliente ainda. De perfil, fica feio. As muito baixinhas e sem cintura parecem uma salsicha num tomara-que-caia muito justo.

4 - As costas precisam ser magras. Senão, o vestido faz umas pregas, uns rolinhos nas costas, alem de saltar gordura por cima.

5 - Quem tem seios pequenos precisa ajustar o vestido ao corpo como uma segunda pele, não pode ser frouxo, senão despenca.

6 - Não há limite de idade. O mais importante para vestir bem um tomara-que-caia é a qualidade dos braços. Mulheres mais velhas com braços razoáveis podem ficar elegantes com vestidos sem alça, no modelo apropriado.

7 - A pele tem de ser boa. No tomara-que-caia, o colo fica na bandeja, na altura do olho. Mostra o que você tem de melhor. Ou de pior.


Costanza Pascolatto

1 - O bronzeado da brasileira valoriza o tomara-que-caia. As muito brancas não ficam tão bem. Dá um certo enjoo ver toda aquela alvura exibida: braços, costas, colo. Para as branquinhas, é melhor que o vestido seja de cor escura, para dar contraste. Evitem o bege, o creme.

2 - Mulheres com ombros estreitos e redondos não deveriam usar tomara-que-caia.

3 - Dependendo de como estão os braços, a mulher deve desistir até de usar roupas sem mangas. Porque envelhece mostrar o que não se tem mais de bom.

4 - Há os tomara-que-caia informais e os de alta costura. As brasileiras, claro, não vão usar esses vestidos caríssimos das atrizes de Hollywood. Ninguém sai em Copacabana com uma roupa que parece uma escultura.

5 - Alguns tomara-que-caia vintage são arriscados, porque têm uma forma antiquada de peito, e o decote profundo não ajuda a ficar elegante.

6 - São mais seguros os estruturados, com barbatanas entre dois tecidos, o de dentro e o de fora.

7 - O ideal é que o vestido não apareça mais do que a mulher. O tomara-que-caia não deve ser tão chamativo a ponto de ficar em primeiro plano. E não pode ser dois números abaixo do tamanho da mulher. Tomara-que-caia apertado demais não é sexy."

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Estilo de Princesa com Nina Garcia



Nina Garcia é diretora de moda da Elle America, mas tornou-se bem mais conhecida do grande público depois que participou como jurada do Project Runway.

Linda, charmosa, chic e sexy sem ser vulgar, aqui ela divide seus segredos de estilo. Nada mal para quem passou mais de 10 anos participando de desfiles e festas e assistindo de perto o vaivém das tendências.

As princesas daqui já sabem que não dá para ser única e especial usando somente o que está na moda, ou copiando um estilo que não é seu... ë preciso criar, ser livre, brincar mais com o guarda-roupa. Para ter um estilo só seu, é preciso mudar as regras e ignorar muitas tendências (ê palavrinha chata), por mais difícil que isso possa parecer.

Autora de 2 livros super comentados atualmente, The Little Black Book of Style e The One Hundred, Nina Garcia dá sua receita.



1) Seja uma editora de seu próprio guarda-roupa

Com a experiência de anos de uma editora de moda expert em colocar na revista somente os ítens mais-mais dos desfiles, Nina diz que este é um conselho de ouro a ser aplicado em nosso guarda-roupa. Devemos ter somente peças maravilhosas, assim fica muito mais fácil ser uma princesa em grande estilo. Ela sugere que a gente arrume o guarda-roupa seguindo esse critério - o de manter somente as peças "uau" e se educar para comprar assim daquele dia em diante. Você nunca mais vai olhar para suas roupitchas e dizer que não tem o que usar, segundo Nina.

2) Invista nos básicos (sempre!)

Os básicos são na verdade aquelas peças essenciais, base (como o nome diz) para um look legal, e que nunca saem de moda. São peças atemporais, que transitam por vários lugares, climas, países, estações - e por isso mesmo merecem um pouco mais de investimento. Vocês vão ver que algumas delas podem se tornar sua assinatura:

. pretinho básico
. camisa de corte masculina branca
. cardiga de cashmere
. trench coat
. calça jeans
. um bom relógio masculino (grande, pesado, ela quer dizer)
. diamantes
. sapatilhas
. um sapato de salto fino
. uma bolsa fantástica

A coisa que mais me irrita nessas listas é a questão da cor - eu, por exemplo, dificilmente uso preto, pois não é minha melhor cor, então pra que vou fazer um investimento num LBD (little black dress), mesmo sendo ele um clássico? Ele não é um clássico para mim. Ou para uma pessoa que tenha um guarda-roupa mega colorido, porque se sente bem assim, um vestido preto não vai ter nada a ver com ela mesmo. Então a gente pega a idéia das coisas, mas não precisa seguir à risca, ok?

Outra observação - se você não está num momento para fazer um investimento mais alto, saiba que a gente consegue encontrar ítens de qualidade a preços bem acessíveis. Lembre-se que as coisas não podem parecer baratas - o que não quer dizer que elas não podem ser baratas, desde que tenham o mínimo de qualidade. Saber garimpar e ter bons olhos é uma arte.

3) Encontre uma boa costureira

Ah, essa é boa mesmo!!! Mesmo que fosse apenas para pequenos consertos, já valeria e muito a pena. Arrumar o comprimento da manga dos blazers, o comprimento de calças, saias e vestidos, ajustar a cintura de calças, principalmente as jeans, é tarefa de poucos! Agora pense em poder reproduzir aquela roupa que você comprou e gosta tanto em outras cores!

4) Não subestime o poder dos acessórios

Jamais!!! Hoje mesmo eu comprei 4 ítens novos por um valor menor que uma blusa!!! Quantos looks eles irão transformar??? Nem eu mesma sei...
E aqui Nina justifica dizendo que se a gente engorda um pouquinho, a calça skinny logo denuncia, mas os sapatos, colares e bolsas não, eles estão lá, a seu lado!!! E esta é outra chance de fazer sua assinatura pessoal. Use algo que tenha um significado para você - uma jóia de família, como um broche, ou um anel antigo pendurado como pingente, e você irá se destacar na multidão.

5) Aprenda a misturar

Nina garante que tudo que inicialmente pareça não fazer sentido pode dar uma ótima mistura. Bem, essa é uma tarefa para poucos, não é qualquer pessoa que consegue extrair o belo de coisas inicialmente distintas. Mas o interessante é isso mesmo, é fazer o inesperado, o que ninguém faz. Para as iniciantes, um exemplo fácil é misturar peças românticas com ítens mais pesados, rockers ou masculinos, que tal tentar??? Ou ainda a antiga dúvida de se misturar diferentes tons de acessórios, como dourado, cobre e prateado. Sim, gente, dá super certo, desde que se observe linhas similares nas peças em questão - ou tudo grande, ou tudo pequeno, ou linhas arrendondadas, ou mais angulares, e por aí vai, ok???

6) Dê a devida importância aos sapatos

Ela diz que uma pessoa nunca terá sapatos (de salto) o suficiente. E alguém discorda??? rs... De salto ou não, os sapatos, e não os diamantes, são os melhores amigos de uma mulher. Um sapato é poderosíssimo - pode mudar sua atitude, seu humor, sua postura, pode transformar um look chato em estilosérrimo, pode alongaaaar as pernas, deixá-las mais belas e torneadas. Quantas coisas no mundo tem tamanho poder? Nina ama tanto seus sapatos que disse começar a compor seu visual por eles. Mas mesmo aqui há algumas regras importantes, como ter os pés sempre feitos, não usar saltos se você não souber andar com eles e não usar saltos muito altos com saias curtas - lembre-se de Julia Roberts em Uma Linda Mulher!


7) não seja uma vítima da moda

Sabem como identificar uma fashion victim? Ela estará usando uma it-bag, inúmeros ítems de designer juntos (especialmente logotipados), e 3 ou 4 peças que saíram na última Vogue (eu achei a Nina além de linda, divertida!). Mas vamos lá: a it-bag, quando tratamos de moda e estilo, é o equivalente a moda, e quem quer ser única quer estilo, portanto... não vai atrás de algo que todo mundo tem. Usar peças de grife não é ruim não, mas realmente sair por aí com logo para tudo que é lado não está com nada. E usar 1 ou 2 peças da última Vogue mostra que voc6e é super antenada, mas sair montada com o look da revista da cabeça aos pés mostra falta de criatividade!!!

8) Aprenda que não é uma questão de dinheiro

Olha que super definição de Nina Garcia - A moda é cara, o estilo não. Não é demais? Ou as antigas, dinheiro não é sinônimo de bom gosto, e etc e tal. O mais bacana daqui é saber onde economizar (save) e onde investir mesmo (splurge) (por exemplo, dá para economizar num lápis de olho, mas tem que investir num bom rímel, concordam?).

9) Compre peças dramáticas

Aqui ela reenforça o ítem 1 - gaste dinheiro em peças únicas, que chamem atenção, "dramáticas" mesmo, como por exemplo um anel grande, um casaco de oncinha (!!!), um vestido de impacto, sandálias de tiras douradas ou prateadas, e por aí vai.

10) O imperfeito é perfeito

Essa é muito boa - Nina chama esta regra de "O Fator Kate Moss). Nada mais é do que não parecer que você está pronta para uma sessão de fotos. Vejam Kate, o cabelo está bagunçado, os acessórios nem sempre combinam, e ainda assim ela é idolatrada.

Na verdade isso exige um super domínio de técnica, pois a distância entre um look lindamente desarrumado e parecer que você caiu da cama e mergulhou no guarda-roupa pode nem se tão grande assim. Mas confesso que também acho arrumadinho meio irritante. Eu, por exemplo, gosto do coquinho que as meninas usam,ainda que seja prendendo um cabelo perfeitamente escovado... maquiar os olhos e costumo não passar batom, apenas o bom e velho Chapstick, para não parecer aquela coisa maquiaaada.

É, gente, o estilo super se constrói... Bjão!!!

PS: Esse lindo vestido azul turquesa, que ilustra a postagem, é uma criação do estilista americano Isaac Mizrahi.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ser legal



Todo mundo quer ser legal, e todo mundo se ferra na empreitada. É difícil ser legal o tempo inteiro. A gente consegue ser legal a maior parte do tempo, mas aí faz uma besteira e pronto: tudo o que você fez de bom é imediatamente esquecido e você se torna apenas aquele que fez a grande besteira. Aí você precisa de mais uns dois meses sendo exclusivamente legal para todo mundo esquecer da besteira. E quando eles esquecem, você faz outra, claro.

Mas você é legal. Você é simpático com os amigos, dá sempre uma força quando eles precisam. Você puxa papo com o garçom, abre a porta do elevador para sua vizinha entrar, você acaricia a cabeça das criancinhas, você até empresta seus DVDs.

Porém, tem hora que é imprescindível chutar o balde. Tem hora que é fundamental deixar a verdade nua e crua vir à tona. Tem hora que você precisa dizer para o seu namorado: eu te adoro, mas quero ficar sozinha hoje à noite, qual é o problema??? O problema é que ele fica com raiva...

E tem aquela amiga que pede aquele seu vestido de festa emprestado... Mas logo aquele??? Pela primeira vez você diz que não está afim de emprestar... Imediatamente você deixa de ser uma pessoa legal...

E aí você passa a achar que não tem vocação pra ser legal o tempo inteiro. E é verdade. Ninguém tem. Olha é cansativo, desgastante e humanamente impossível...

O fato é, que já somos legais à beça só por tentar... Tem gente que nem isso.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A uma princesa




Em teus olhos mouros de noite calma,
Em beijos lançados no ar e nos lábios,
Em gritos exactos como astrolábios,
Encontro aquele porto onde repousa a alma.

Balouçando como uma bailarina
Entre a tristeza e a alegria perfeitas
Recolhes a mais bela das colheitas:
O seres quem és, luz que te ilumina.

Princesa forte, sensível, real,
Que segredos guardam teus universos?
Que sonhos inventas de ouro e cristal?

És a inspiração e os próprios versos
Que fluem livres num imenso caudal
De correntes fundas e mares insubmersos.

Jorge Simões

domingo, 24 de maio de 2009

Encerrando ciclos



Esse texto de Fernando Pessoa encerra muitas verdades... Realmente é muito bom fechar ciclos, encerrar capítulos e recomeçar com a certeza de que você foi leal, íntegro, verdadeiro e que fez o seu melhor... Isso dá sensação de alma lavada e a certeza de dias melhores.
Pessoas que não coseguem encerrar, finalizar e recomeçar não vivem; são como cães correndo atrás do próprio rabo.

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"

Fernando Pessoa


"Errar é humano, mas quando a borracha se gasta mais do que o lápis, você está, com toda certeza, exagerando."

(J. Jenkis)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Longe é um lugar que não existe...




Lí essa história há alguns anos e me encantou por ser simples e ao mesmo tempo muito profunda... Agora com a proximidade do 12º aniversário da minha filha sentí vontade reler e compartilhar, postando-a no Blog...

Rae Hansen, uma menina às vésperas de seus cinco anos, convida o amigo Richard Bach para sua festa de aniversário. Confiante, ela o espera, apesar de saber que sua casa ficava além dos desertos, tempestades e montanhas…

Como Richard Bach chega até lá é narrado nessa história mágica. Este clássico continua a inspirar as relações de amizade que não mais dependem de tempo nem de espaço.

Quem já voou nas asas da gaivota encontrará aqui muitos pensamentos para compartilhar "até que finalmente acabará descobrindo que não precisa do pássaro para voar sozinho acima da quietude das nuvens" e "que as únicas coisas que importam são aquelas feitas de verdade e alegria". Segue abaixo um pequeno resumo dessa história…

"- Rae! Obrigado pôr me convidar para a sua festa de aniversário!". Sua casa fica a mil quilômetros da minha e viajo apenas pela melhor das razões... E uma festa para Rae é a melhor, e estou ansioso para estar ao seu lado.

Começo a viagem no coração do Beija-Flor, que há tanto tempo você e eu conhecemos...

Ele se mostrou amigo como sempre, mas ficou espantado quando lhe disse que a pequena Rae estava crescendo e que eu estava indo à sua festa de aniversário, levando um presente.

Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele disse:
- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é o fato de estar indo a uma festa.
- Claro que estou indo à festa. - respondi. - O que há de tão difícil de se compreender nisso?
Ele ficou calado e só voltou a falar quando chegamos à casa da coruja:
- Podem os quilômetros separar-nos realmente dos amigos? Se quer estar com Rae, já não está lá?

- A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente. - falei para a coruja. Parecia estranho dizer "indo" depois da conversa com Beija-Flor, mas falei assim mesmo para que Coruja compreendesse.

Ela voou em silêncio pôr um longo tempo...
Era um silêncio amistoso, mas Coruja disse ao me deixar em segurança na casa da águia:
- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é ter chamado sua amiga de pequena.
- Claro que ela é pequena, porque não é crescida - respondi. - O que há de tão difícil de se compreender nisso?
A Coruja fitou-me com os olhos profundos, cor de âmbar, sorriu e disse:
- Pense a respeito.

- A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente. - falei para Águia. Parecia estranho falar agora "indo" e "pequena", depois das conversas com o Beija-Flor e a Coruja, mas falei assim mesmo para que a Águia compreendesse.

Voamos juntos, subindo nos ventos das montanhas.

E Águia finalmente disse :
- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é essa palavra aniversário.
- Claro que é aniversário. - respondi. - Vamos comemorar a hora que Rae começou e antes da qual ela não era. O que há de tão difícil de se compreender nisso?

A Águia curvou as asas para a descida e foi pousar suavemente sobre a areia do deserto.
- Um tempo antes de Rae começar? Não acha que é mais a vida de Rae que começou antes que o tempo existisse?

- A pequena Rae está crescendo e estou indo à sua festa de aniversário com um presente. - falei para o Gavião. Parecia estranho falar "indo", "pequena" e "aniversário", depois das conversas com Beija-Flor, Coruja e Águia, mas falei assim mesmo para que o Gavião compreendesse.

O deserto se estendia interminavelmente lá embaixo e ele finalmente disse:

- Não entendo muito bem o que você falou, mas o que menos entendo é crescendo.
- Claro que ela está crescendo - respondi. - Rae está mais perto de ser adulta, mais longe de ser criança. O que há de tão difícil de se compreender nisso?
O Gavião pousou finalmente numa praia deserta.
- Mais um ano longe de ser criança? Isso não me parece ser o mesmo que crescer.
E Gavião alçou vôo e foi embora.

Eu conhecia o bom senso de Gaivota. Voamos juntos, pensei com muito cuidado e escolhi as palavras, a fim de que, ao falar, a Gaivota soubesse que eu estava aprendendo:
- Gaivota, por que está me levando a voar para ver Rae, quando na verdade sabe que estou com ela?
A Gaivota sobrevoou o mar, as colinas, as ruas e pousou suavemente em seu telhado e disse:
- Porque o importante é você saber a verdade. Até saber, até realmente compreender, só pode demonstrá-la em coisas menores, com ajuda externa, de máquinas e pessoas e pássaros. Mas deve se lembrar sempre que não saber, não impede a verdade de ser verdadeira.

E a Gaivota se foi.

Richard Bach

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O poder das escolhas...



Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos.

Traçamos nossas vidas pelo poder de nossas escolhas. Quando nossas escolhas são feitas passivamente, quando não somos nós mesmos que traçamos nossas vidas, nos sentimos frustrados.

Uma pequena mudança hoje pode acarretar-nos um amanhã profundamente diferente. São grandes as recompensas para aqueles que têm a coragem de mudar, mas essas recompensas acham-se ocultas pelo tempo.

Geramos nossos próprios meios. Obtemos exatamente aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nós próprios criamos. Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos?

Deus sabe que isto é verdade

Richard Bach


"A morte não é nossa perda maior. Nossa perda maior é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."

(Norman Cousins)

"Durante anos procuramos encontrar alguém que nos compreenda, alguém que nos aceite como somos e que seja capaz de nos oferecer a felicidade, apesar das duras provas...
Apenas ontem descobri que esse mágico alguém é o rosto que vemos no espelho."

Richard Bach

A colheita é inevitável...




Há muito tempo, uma menina chinesa chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de alguns dias, passou a não se entender com a sogra. As personalidades delas eram muito diferentes uma da outra e Lili foi se irritando com os hábitos dela, que frequentemente a criticava.

Meses se passaram e Lili e sua sogra cada vez mais discutiam e brigavam.

De acordo com antiga tradição chinesa a nora tinha que se curvar à sogra e obedecê-la em tudo.

Lili, já não suportando mais conviver com essa situação, decidiu visitar um amigo de seu pai, um velho sábio. Depois de ouvi-la, ele pegou um pacote de ervas e lhe disse:

- Vou lhe dar várias ervas que irão lentamente envenenar sua sogra. A cada dois dias ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável.

Lili ficou muito contente, agradeceu o sabio e voltou apressada para casa para começar o projeto de assassinar a sua sogra.

Semanas se passaram e a cada dois dias Lili servia a comida "especialmente tratada" à sua sogra.

Ela sempre lembrava do que o velho sábio tinha recomendado sobre evitar suspeitas e, assim controlou o seu temperamento, obedeceu à sogra e tratou-a como se fosse sua propria mãe.

Depois de seis meses, a casa inteira estava com outro astral. Lili havia controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Nesses seis meses, não tinha tido nenhuma discussão com a sogra, que agora parecia muito mais amável e mais fácil de se lidar. As atitudes da sogra também mudaram e elas passaram a se tratar como mãe e filha.

Um dia, Lili foi novamente procurar o Sr. Huang para pedir-lhe ajuda e disse:

- Querido Sr. Huang, por favor, me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra! Ela se transformou numa mulher agradável e eu a amo como se fosse minha mãe e não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei.

O Sr. Huang sorriu e acenando a cabeça, disse:

- Lili, não precisa se preocupar. As ervas que eu lhe dei não eram venenosas e sim vitaminas especialmente preparadas para melhorar a saúde dela. O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela.

Na China existe uma regra dourada que diz:

"A pessoa que ama os outros também será amada."

Na maoria das vezes, recebemos das outras pessoas o que damos a elas...

Lembre-se sempre: o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória.

Por isso, tenha cuidado com o que planta!!!

É muito importante pensar nisso.

A colheita... é inevitavel.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Elegância



Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada. É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, trazem sempre uma palavra positiva, de conforto ou encorajamento ao interlocutor.

É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir aos frentistas, aos porteiros ou à copeira. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda que perguntem antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante, você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber que você teve que "se arrebentar" para fazer...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

É elegante não abusar dos ouvidos dos amigos com história infindáveis.

É elegante ter sempre uma observação positiva nas situações adversas.

É elegante não superdimensionar problemas implantando o terror nas pessoas.

É elegante preocupar-se com os sentimentos dos outros.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição ....

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

É elegante a gentileza, pois atitudes gentis falam mais que mil imagens ...

Abrir a porta para alguém... é muito elegante ...

Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante ...

Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma ...

Oferecer ajuda... é muito elegante ...

Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante.

A saída é desenvolver em si mesma a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado "brucutu", que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la... Você não acha???

"O amor...


É difícil para os indecisos.

É assustador para os medrosos.

Avassalador para os apaixonados!

Mas, os vencedores no amor são os
fortes...
Os que sabem o que querem e querem o que têm!

Sonhar um sonho a dois e nunca
desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"

Cecília Meireles

domingo, 17 de maio de 2009

Canção grata



Por tudo o que me deste
inquietação cuidado
um pouco de ternura
é certo mas tão pouca
Noites de insónia
Pelas ruas como louca
Obrigada, obrigada

Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão

Que bem que me faz agora
o mal que me fizeste
Mais forte e mais serena
E livre e descuidada
Sem ironia amor obrigada
Obrigada por tudo o que me deste

Florbela Espanca

13 LINHAS PARA VIVER



1) Te amo não por quem tu és, mas por quem sou quando estou contigo

2) Nenhuma pessoa merece tuas lágrimas e quem as merece não te faz chorar.

3) Só porque alguém não te ama como tu desejas, não significa que não te ame com todo o seu ser.

4) Um verdadeiro amigo é quem te pega a mão e te toca o coração.

5) A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderá ter.

6) Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estiverdes triste porque nunca sabes quem podera enamorar-se de teu sorriso.

7) Podes ser somente uma pessoa para o mundo, mas para alguma pessoa tu és o mundo.

8) Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo.

9) Quem sabe Deus queira que conhecças muita gente enganada antes que conheças a pessoa adequada para que, quando no fim a conheças, saibas estar agradecido.

10) Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu.

11) Sempre haverá gente que te machuque. Assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.

12) Converte-te em uma melhor pessoa e assegura-te de saber quem és antes de conhecer mais alguém e esperar que essa pessoa saiba quem és.

13) Não te esforces tanto, as melhores coisas acontecem quando menos esperas.

Tudo o que acontece, sucede por alguma razão...
GABRIEL GARCÍA MARQUEZ

Saudade



Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas a amada já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudade,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda

sábado, 16 de maio de 2009

Blue Eyes



Falar bem de Frank Sinatra é tarefa fácil. Muito fácil. Todo dia era dia de festa ou celebração para ele e para quem estivesse em sua órbita.

Sinatra era um homem cheio de dons, sabia cantar, se divertir e maravilhar as mulheres.

Não sei se eram os olhos pequenos e fascinantemente azuis, mas havia algo naqueles olhos que era arrebatador. Não sei era o estilo de vida boêmio e fanfarrão de quem realmente se sente confortável com a vida. Não sei se era aquela voz pra lá de poderosa e radiante.

Simplesmente não sei, mas ele tinha aquele "quê" que sempre fascina. Ele era puro flerte.

Li que o Blue Eyes tornava quase todos os dias de suas mulheres inesquecíveis. Não duvido...

Para algumas mulheres, as que têm memória seletiva, são os bons momentos que fazem as lembranças de um relacionamento. O dia em que conheceu aquela pessoa, o primeiro beijo, aquele beijo tão esperado, ou indo mais além, o pedido de noivado... Quando o relacionamento chega ao fim, e quase sempre chega, são essas boas lembranças que ficarão como um eterno legado.

Acho que faço parte dessa lista de mulheres com memória seletiva. É que sou viciada em felicidade e procuro não me prender à coisas desagradáveis. Uso as lembranças ruins apenas pra não cometer os mesmos erros. Persigo a dita felicidade pois acho que nascemos pra isso.

Mas, voltanndo a falar sobre Frank Sinatra... Bárbara Ann Marx, "a mulher de sua vida", segundo ele, foi pedida em casamento pelo cantor tal qual faria um ilusionista.

Ela estava olhando em direção oposta quando ele jogou o anel de diamantes de dezessete quilates em seu copo de champagne.

Para mim só o fato de compartilhar “o rei dos vinhos” com ele já valia uma vida, nem era necessário o anel...

Bom, colocando fim as minhas elucubrações sobre ele, e voltando para a Bárbara, ela conta que já tinha tomado mais da metade do copo quando viu o anel. Achou que fosse um cubo de gelo. Como um ilusionista, ele tinha queda para surpresas.

Muitos anos depois ela declarou: “Ele é um doce, brincalhão e amoroso, mas ele é um exército”.

Devia ser tarefa difícil ser ex-mulher de Frank Sinatra. Mais difícil ainda era para o homem que entrava na relação depois dele.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Infidelidade X Deslealdade


Ontem fui ao cinema assistir Divã. Esperava uma comédia leve, com bons diálogos. Os diálogos realmente são bons, inteligentes, proporcionam boas gargalhadas e algumas reflexões.

Mas o filme está longe de ser leve. Saí do cinema com a cabeça pesada e com a sensação de que ficara faltando alguma coisa na história. Não sei explicar bem o que é.

Mas vale a pena conferir...

Uma das frases do filme que achei mais interessantes é quando Mercedes, a protagonista, é interpelada pela melhor amiga pelo fato de não ter nenhuma reação à descoberta de traição do seu marido, e essa responde: “ele está me traindo mas não está sendo desleal.”

Fiquei pensando por horas sobre a profundidade dessa afirmação e a diferença entre deslealdade e infidelidade... Confesso que eu já havia parado para pensar sobre esse assunto, mas não tão profundamente.

Há realmente uma diferença muito grande entre Lealdade e Fidelidade. Tão grande, mas tão grande que, se você parar para pensar, uma nada tem a ver com a outra. O mais infiel dos seres pode ser o mais leal, enquanto que o mais fiel pode ser o mais desleal.

A fidelidade prende-se com o respeito pelos compromissos que se assumem perante alguém, enquanto a lealdade tem a ver com o respeito devido à própria pessoa.

Para mim a fidelidade entre casais, em nossa cultura judaico-cristã, possui um cunho sexual, enquanto a lealdade, e isso em todos os tipos de relações, diz respeito ao âmago do indivíduo, algo de tão precioso e tão delicado a que chamamos frequentemente de dignidade do ser humano.

Assim, a lealdade é muito mais importante do que a fidelidade, porque as pessoas têm muitíssimo mais importância do que os compromissos.

Os compromissos começam e acabam, renovam-se, são substituídos, voltam a começar e a acabar. Mas as pessoas que passam pela nossa vida, essas, deixam marcas eternas, indeléveis e, em certa medida, diria até que nos constroem.

O dever de fidelidade cessa quando cessam os compromissos; o dever de lealdade para com o nosso semelhante não cessa depois dos compromissos, não cessa sequer depois da morte, porque depois da morte há ainda um nome e uma memória a respeitar, à qual devemos um comportamento leal.

E é também por isso que a deslealdade é vergonhosa, inesquecível, inapagável e imperdoável.

Assim sendo, entendo, que a infidelidade se perdoa, se esquece, tem importância diminuta e não faz de ninguém um ser menor, mas tão somente humano. Desenganem-se aqueles que ainda pensam que há pessoas 100% fiéis, pois tal coisa não existe, a não ser que se defenda que a infidelidade é somente física.

Não estou sendo indulgente com a infidelidade e muito menos fazendo uma apologia à mesma. Mas vejamos como isso funciona nas relações amorosas...

Eu entendo, por exemplo, que um homem infiel é aquele que faz sexo com outras mulheres fora do relacionamento...

Enquanto que a deslealdade de um homem pode se dar de infinitas maneiras:

Um homem desleal é aquele que não “veste a camisa” da parceira.

Um homem desleal é aquele que nos faz críticas no momento em que deveria nos encorajar.

Um homem desleal é aquele que desmerece as nossas conquistas.

Um homem desleal nem sempre nos ouve com interesse, mas guarda à sete chaves qualquer informação que possa nos atirar na cara num momento de raiva.

Um homem desleal não se importa com o nosso estado de espírito, com a nossa saúde, as nossas dores, os nossos anseios, nossos questionamentos.

Para um homem desleal os nossos sonhos são apenas caprichos femininos, coisas sem importância.

Um homem desleal não se esforça em ser a mão que ergue, braços que encorajam, ombro que acolhe.

Por isso, talvez eu perdoasse uma infidelidade... Mas sei que nunca perdoaria uma deslealdade.

Infidelidade é carência, é carne... Infidelidade é conseqüência...

Deslealdade é maldade, é falta de ética, falta de comprometimento, é desconsideração... Deslealdade é causa...

Amores podem ser infiéis; mas quando são desleais, revelam que nunca foram amor e nem amizade.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fly me to the moon



Fly me to the moon and
Let me play among the stars
Let me see what spring is like
On Jupiter and Mars
In other words, hold my hand
In other words, baby, kiss me

Fill my heart with song
And let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words, I love you

Fill my heart with song and
Let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words,
I love you

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Definitivo



Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 12 de maio de 2009

Você conhece a Bela Adormecida???



Você conhece alguma mulher, amiga, irmã ou colega... que faz corpo mole para resolver os problemas??? Não faz nada no dia certo, tudo joga para frente e depois se vira como pode??? Não presta atenção no que passa à sua volta. Sempre se desculpa porque não soube responder, resolver, administrar...

Adia a dieta e diz que está passando por uma fase ruim. Está sempre muito cansada para sair, para dar uma caminhada ou qualquer outra coisa... Enfim, existem mulheres que levam a vida assim, deitadas “eternamente em berço esplêndido”, como se fossem a Bela Adormecida do Bosque.

Não estou falando de curtir uma preguicinha ou aquela vontade de ficar conteplativa vez ou outra, que é inerente a todas nós... Estou falando do completo estado de letargia com que algumas mulheres levam a vida.

O tempo passa e parece que ainda vivem nos contos de fada. Sofrem e ficam com cara de paisagem quando o assunto é decidir o próprio futuro. Preferem esperar alguém que lhes acorde para que possam ter o tão esperado encantamento de um dia melhor.

O príncipe deve estar rondando sua casa e logo vai chegar, dar-lhe um beijo e acordá-la para viver um grande amor. É aí que mora o perigo...
Um cara qualquer, montado em um sorriso, cheirando a perfume, pode fazer com que ela fique de quatro. Não conseguindo discernir o que é bom do que é disfarce. E aí, segue o camarada e dá com os burros n'água.

Normalmente essas mulheres aceitam qualquer migalha no relacionamento, por pura preguiça e acomodação... São muitos os quesitos que podem diagnosticar uma Bela Adormecida... Inércia, falta de entusiasmo pela vida, impontualidade, falta de comprometimento, habitualidade em postergar compromissos... Frágil demais, cansada demais, com problemas demais...

Pois é... Assim leva a vida a Bela Adormecida do mundo atual, com o seu estilo "síndrome de ser" que espalha por tudo o que faz.

No trabalho jura que o chefe vai reconhecer seu pequeno esforço e lhe dar uma promoção. Em família é distante, agride ou fica anestesiada não fazendo parte do contexto porque imagina não ser importante trocar, interagir. Só no futuro vai ver o quanto isso lhe fará falta.

Essa “modus vivendi”de Bela Adormecida joga qualquer mulher para baixo. Desfaz os encantos naturais e seus melhores talentos se esvaem de tanto não serem utilizados.

Mulher que se deixa levar por essa onda de fragilidades, pode estar correndo o sério risco de dormir para sempre. Nesse mundo tão repleto de coisas a fazer, viver e ser feliz. Seu lema é: "Dormir" para esquecer.

Olha, vou contar-lhe um segredinho às Belas Adormecidas: a sorte não aparece sozinha. Enquanto você dorme, a vida acontece. Portanto, busque oportunidades, faça esforço para realizar metas, e aí, quem sabe, você estará no lugar certo, na hora certa e saberá aproveitar. Mas se preferir ficar deitada, esperando a tal sorte resolver sua vida, esqueça!!!

Parafraseando a Ana Maria Braga: Acorda menina!!!!

A educação para o sofrimento, evitaria senti-lo, em relação a casos que não o merecem.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 10 de maio de 2009

A ajuda providencial para José Carreras



Três nomes se destacaram durante o último século como os maiores tenores do mundo e quando juntas as três personalidades animaram notáveis festividades, distinguindo-se sobremaneira nas copas do mundo de futebol: Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras.

A maior disputa sempre se deu entre os espanhóis Plácido Domingo, natural de Barcelona, cioso de sua origem catalã, e José Carreras, nascido na capital Madrid. A par da rixa pela disputa da popularidade musical ainda, por motivos políticos, em 1984, tornaram-se ferrenhos inimigos, a ponto de não concordarem a figurar juntos num mesmo evento. Implica dizer que, era condição sine qua non das cláusulas contratuais para a realização de um show que não houvesse concomitantemente a figuração de ambos no mesmo espetáculo.

Só uma terrível enfermidade como a leucemia, em 1987, seria capaz de minar a resistência de Carreras não fosse a sua pertinácia em vencer a todo custo a doença, submetendo-se a tratamentos caríssimos, como transplante da medula óssea, total transfusão sanguínea que o obrigaram a sucessivas intervenções que, apesar de riquíssimo, teve consumida sua fortuna para fazer face às despesas nas clínicas dos Estados Unidos.

Quando lhe minaram os recursos financeiros socorreu-se da ajuda de uma fundação existente em Madrid cuja finalidade era ajudar os doentes atacados de leucemia. Só mais tarde quando curado totalmente graças a esse auxilio, voltou aos palcos da fama como tenor, faturando altas cifras, ficou sabendo que o grande, o maior colaborador da Fundação Hermosa, como se chamava, e também seu presidente, era o seu implacável concorrente musical, o tenor Plácido Domingo.

Para sua surpresa, ficou sabendo que a fundação de ajuda aos leucêmicos, Plácido Domingo, a criara, em total segredo e anonimato, muito de propósito para atender ao seu maior concorrente musical que era ele mesmo, José Carreras.

Como maior prova de seu reconhecimento e veneração pelo gesto humanitário do seu salvador, aquele que lhe devolveu a saúde, a vida, a disposição de voltar a cantar e a brilhar na ópera, José Carreras a deu, interrompendo uma apresentação musical de Plácido Domingo, em Madrid, adentrando ao palco e ajoelhando-se aos pés do seu benemérito socorrista, beijando-lhe as mãos, expressando-lhe o seu profundo agradecimento. Foi uma cena altamente emocionante e inesquecível que se seguiu: Plácido Domingo, levanta-o com ambas as mãos e dá-lhe um grande abraço como o qual selou o início de uma grande e eterna amizade.

Perguntado pela crônica jornalística o porquê de ter criado a Fundación Hermosa, justamente para auxiliar o seu maior adversário musical Plácido Domingo responde: Porque, uma voz como essa não podia se perder...

Além de filiar-se à fundação de Plácido Domingo, Carreras individualmente, foi além, em reconhecimento a Deus pela sua cura e a Plácido Domingo como o grande idealizador da fundação que ajudou a salvá-lo, criando com seus próprios recursos fundação abaixo que leva o seu nome, conforme consta do site www.google.com.br

Fundação José Carreras
O Tenor José Carreras após curar-se de leucemia, criou em 14 de julho de 1988, em Barcelona, a Fundação Internacional José Carreras para a Luta contra a Leucemia, da qual é o Presidente. É uma Fundação assistencial e científica com o objetivo de buscar a cura da Leucemia através de pesquisas; bolsas de estudos para projetos científicos e formação de profissionais; doações para hospitais, ajuda na introdução de tecnologia mais avançada e cadastrar doadores de medula óssea ao REDMO - Registro de Doadores de Medula Óssea-Espanha.

É da Comissão Científica Internacional desta fundação o Professor E. Donnall Thomas, que recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1990, por seu trabalho realizado na área de transplante de medula óssea.

Achei que devia reproduzir esta história já contada em revistas e jornais do mundo todo. Penso que é uma história que não deve cair no esquecimento e deve ser contada, tanto quanto possível, para servir de inspiração e exemplo e mostrar que, apesar de degradada, natureza humana ainda é capaz de gestos de nobreza!!!

A fada madrinha



Era uma vez um casal que fazia Bodas de Prata e estava também celebrando seus 55 anos de idade. Durante a celebração, apareceu uma fada e lhes disse:

- Como prêmio por terem sido um casal exemplar durante 25 anos, concederei um desejo a cada um de vocês!

- Quero fazer uma viagem ao redor do mundo com o meu querido marido! - pediu a mulher.

A fada moveu a varinha e... zas! As passagens apareceram nas mãos da senhora.
Em seguida foi a vez do marido. Ele pensou, pensou e disse:

- Bem, esse clima está muito romântico, mas uma chance dessas só se tem uma vez na vida. Então... Bom, desculpe, benzinho... - disse, olhando para a esposa - mas meu desejo é ter uma mulher trinta anos mais jovem do que eu!

A mulher fica chocada, mas pedido é pedido. A fada faz um circulo com a varinha e... zas!

O homem ficou com 85 anos!

Moral da história: Todos os homens são sacanas, mas as fadas madrinhas são mulheres!

sábado, 9 de maio de 2009

Mamãe...



Mamãe, obrigado por quem eu sou
Obrigado por todas as coisas que eu não sou
Perdoe-me pelas palavras não ditas
Pelas vezes que eu esqueci

Mamãe, lembre-se de toda a minha vida
você me mostrou amor, você se sacrificou
Pense naqueles jovens e nos dias anteriores
Como eu mudei pelo caminho

E eu sei que você acreditou
E eu sei que você tinha sonhos
E me desculpe por ter levado todo esse tempo para perceber
Que eu estou onde estou por causa da sua verdade
E eu sinto a sua falta, sinto a sua falta

Mamãe, desculpe-me pelas vezes que você chorou
Perdoe-me por não ter feito certo
Todas as tempestades que eu possa ter causado
E eu estive errado, seque seus olhos, seque seus olhos


Mamãe, eu espero que isto a faça sorrir
Eu espero que você esteja feliz com a minha vida
Em paz com todas as escolhas que eu fiz
Como eu mudei pelo caminho

Pois eu sei que você acreditou em todos os meus sonhos
E eu devo tudo a você, mamãe

http://www.youtube.com/watch?v=IgFQvB4x-Po&feature=related

quinta-feira, 7 de maio de 2009




Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir.

Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.

Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza.

Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais.

Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude.

Eu saio em conta, você não gastará muito comigo.

Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.

Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. (Então fique comigo quando eu chorar, combinado?).

Seja mais forte que eu e menos altruísta!

Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço.

Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade.

Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.

Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.

Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...

Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal.

Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ...

Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora.

Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos.

Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas.

Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções.

Rapte-me! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!



Martha Medeiros

A mulher e a patroa.



Há homens que têm patroa. Ela sempre está em casa quando ele chega do trabalho. O jantar é rapidamente servido a mesa. Ela recebe um apertao na bochecha. A patroa pode ser jovem e bonita, mas tem uma atitude subserviente, que lhe confere um certo ar robusto, como se fosse uma senhora de muitos anos atrás.

Há homens que têm mulher. Uma mulher que está em casa a hora que pode, às vezes chega antes dele, às vezes depois. Sua casa não é sua jaula nem seu fogão é industrial. A mulher beija seu marido na boca quando o encontra no fim do dia e recebe dele o melhor dos abraços. A mulher pode ser robusta e até meio feia, mas sua independência lhe confere um ar de garota, regente de si mesma.

Há homens que tem patroa, e mesmo que ela tenha tido apenas um filho, ou um casal, parece que gerou uma ninhada, tanto as crianças lhe solicitam e ela lhes é devota. A patroa é uma santa, muito boa esposa e muito boa mãe, tão boa que é assim que o marido a chama quando não a chama de patroa: "mãezinha"

Há homens que têm mulher. Minha mulher, Suzana. Minha mulher, Cristina. Minha mulher, Tereza. Mulheres que têm nome, que só são chamadas de mãe pelos filhos, que não arrastam os pés pela casa nem confiscam o salário do marido, porque elas têm o dela. Não mandam nos caras, não obedecem os caras: convivem com eles.

Há homens que têm patroa. Vou ligar pra patroa. Vou perguntar pra patroa. vou buscar a patroa. É carinho, dizem. Às vezes, é deboche. Quase sempre é muito cafona.

Há homens que têm mulher. Vou ligar pra minha mulher. Vou perguntar pra minha mulher. Vou buscar minha mulher. Não há subordinação consentida ou disfarçada. Não há patrões nem empregados. Há algo sexy no ar.

Há homens que têm patroa.
Há homens que têm mulher...
E há mulheres que escolhem o que querem ser.

Martha Medeiros

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Saia: qual o melhor modelo?



Eu amo saias!!! sào femininas, versáteis e tudo de bom!!! Com texturas, brilhos, ou mesmo as mais discretas, eu prefiro aquelas que possuam o cumprimento logo abaixo dos joelhos, pois valorizam e alongam o meu corpo...

Mas o fato é, que quer sejam curtas, longas, largas, justas, acima dos joelhos, longuetes... O importante é que nenhum guarda-roupa feminino está completo sem pelo menos uma dessas peças-chave.

As saias sempre caem bem e são confortáveis. O detalhe é que, se for mal escolhido, esse símbolo de feminilidade pode provocar um desastre estético.

Reuní algumas boas dicas sobre o uso dessa peça tão importante do nosso vestuário:


Pernas Curtas:
Para as mulheres com pernas curtas, a opção é usar saias com barra abaixo dos joelhos, pois essa é a parte mais magra da perna, e expõe a panturrilha. Saias longas e sapatos de salto, também criam a ilusão de pernas mais longas. Saia ‘sete-oitavos’ com bota de cano alto e salto fica muito elegante também.

Não é aconselhável usar saia enviesada, terminando no meio da perna. Este modelo achata. Saia longa com sapato baixo também tem o mesmo problema.



Pernas Grossas:
Uma boa dica para quem tem pernas grossas é usar saias na altura dos joelhos, de preferência com corte evasê. Quanto mais amplo for o comprimento da saia, mais delgados parecem ser o tornozelo e as batatas das pernas.

Saias em que o comprimento termina exatamente na batata da perna é melhor evitar. Elas criam a ilusão de serem mais grossas.


Pernas Finas:
As mulheres com pernas finas devem usar saias com volume, como a balonê, ou as com corte evasê. Saias longas também são elegantes. O comprimento da saia pode terminar também na batata da perna. Desta forma criam a impressão de pernas mais ‘cheinhas’.


Pernas Longas:
Quem tem pernas longas, pode usar e abusar de saias curtas, na altura dos joelhos e até no meio da perna. Evite apenas as saias muito longas, até o tornozelo, e sapatos altos. A pessoa vai parecer ter a perna ainda maior, e criará uma ilusão estranha de proporção.

Agora é só escolher peças que se adequem ao seu tipo físico e usar e abusar das saias!!!

"Muitas pessoas perdem
as pequenas alegrias enquanto
aguardam a grande felicidade."

Pearl S. Buck

terça-feira, 5 de maio de 2009

A vida que escolhemos ter


Se fosse feita uma enquete nas ruas com a pergunta: "Você tem a vida que pediu a Deus???", a maioria responderia com um sonoro "quá quá quá"...

Lógico que alguém desempregado, doente ou que tenha sido vítima de uma tragédia pessoal não estará muito entusiasmado.

Mas mesmo os que teriam motivos para estar (aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva) também não têm achado muita graça na vida.

O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não agüentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos é que não faltam...

Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.

Por que não estão??? Ora, a culpa é do governo, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.

O fato é que as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem a mídia, nem o seu lider espiritual . A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?

Sei que é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento.
Aos nos dar o livre arbítrio, Deus nos tornou roteiristas da nossa própria história. E com isso, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta.

A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar.

O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.

É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão.

É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam... Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até o fundo, para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer por situações que só a nós compete mudar.

O Amor


De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar.
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito
Ou nunca ninguém terá amado.

Willian Shakespeare

segunda-feira, 4 de maio de 2009



“O que importa na vida não é o
ponto de partida, mas a caminhada.
Caminhando e semeando, no fim
terás o que colher.”

Cora Coralina

Espelho, espelho meu...



Tudo que é demais sobra. Esse é um dito popular que eu conheço desde criancinha. E, acredite, estudos comprovam que até auto-estima em demasia pode ser prejudicial.

De acordo com estudos recentes, o excesso de amor próprio também pode atrapalhar os relacionamentos pessoais. A auto-estima descontrolada pode interferir nos relacionamentos dificultando-os, favorecendo relações afetivas inadequadas.

O trabalho, publicado na edição de agosto de 2008, no Journal of Personality and Social Psychology, caracteriza as pessoas com essa inclinação narcisista como "jogadores do amor", com uma aversão à independência do parceiro.

Pessoas que possuem o que chamo de “superego descontrol” têm a necessidade constante de estar sob os holofotes, e procuram por relacionamentos que lhes permitam “brilhar” sozinhas. Por isso, é muito comum que esses indivíduos escolham parceiros que possuam pouca expressão econômica, intelectual e, até mesmo, física e estética.

A tônica desses relacionamentos é: “eu sou protagonista dessa história e você sempre será um coadjuvante”.

Não podemos confundir o excesso de auto estima, ou superego descontrol com a auto-estima e auto-confiança, que são princípios importantíssimos à nossa saúde mental e para os nossos relacionamentos.

Ter auto-estima é acreditar que temos valor, que somos capazes de fazer amigos, de ser amado e estar feliz. É reconhecer que merecemos o respeito dos outros e que devemos buscar o nosso bem-estar. Independentemente de outras realizações, se não nos valorizamos e exigimos o respeito dos outros, significa que temos auto-estima baixa.

A auto-confiança diz respeito à segurança em nossa capacidade mental. Não quer dizer que demos acreditar que nunca cometeremos erros, mas que é possível aprender a partir deles. Se não temos auto-confiança, ficamos com medo de errar e não nos sentimos capazes de tomar decisões.

Procurar por relacionamentos afetivos somente com pessoas que nos façam nos sentir “os tais” é um comportamento inadequado e até doentio.

E, permitam-me discordar dos pesquisadores que chamaram tal comportamento de “auto-estima em excesso”. Creio eu que por trás de tal comportamento esconde-se alguém com baixa estima e que por isso necessita tanto de auto-afirmação a qualquer custo.

domingo, 3 de maio de 2009

Das utopias...



Se as coisas são inatingíveis...
ora! Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Mário Quintana

sábado, 2 de maio de 2009



"Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e os maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. Isso é que libera a gente para ser feliz de novo."

Martha Medeiros

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Para que serve uma relação?



"Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa,
À vontade para concordar com ela e discordar dela.
Para ter sexo sem "não-me-toques" ou para cair no sono logo após o jantar.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas.
Para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete.
Para ter alguém com quem viajar para um país distante.

Para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre,
Estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações

Para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas,
E deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto,
E cobrir as dores um do outro num momento de melancolia,
E cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um perdoar as fraquezas do outro,
Para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois."

Martha Medeiros

Muito profundo isso... e aí, no final a gente se pega pensando: Será que o quê eu tenho é realmente uma relação??? Será que algum dia tive uma relação de verdade???
Inevitável não se questionar... E não há crescimento interior sem questionamentos.

Beijo enorme aos príncipes e princesas que acompanham o Blog!!!

Bom gosto também se aprende...


Eu ando meio com preguiça de escrever esses dias, e também com pouco tempo... por isso tenho abusado dos textos e crônicas da Martha Medeiros para postar no Blog.

Bom, vocês já sabem que ela dispensa apresentações: divertida, inteligente, culta, sensível...

Espero que vocês curtam os textos dela tanquanto eu curto... Aí vai mais um!!!

"Eu estava numa grande loja, naquele esquema de "só estou dando uma olhada", quando vi uma senhora se apossar de uma bolsa como se tivesse encontrado o Santo Graal. Chamou a filha e mostrou: não é linda?? Agarrada à bolsa em frente ao espelho, ela virava de um lado, de outro, extasiada com a própria imagem carregando aquela bolsa de couro azul turquesa com umas 357 tachas pretas. Eu já vi bolsa feia nesta vida, mas como aquela, nem nos meus pesadelos mais tiranos.

Mas a tal senhora estava apaixonada pela bolsa. Mostrava a etiqueta com o preço para a filha e dizia: "E nem é tão cara!".

Nem é tão cara??? A loja deveria estender um tapete vermelho e chamar banda de música para quem levasse aquele troço por R$ 5.

E a senhora voltava pro espelho, se olhava, levo ou não levo? Eu tive vontade de cutucar o ombro dela e dizer pelamordedeus não faça essa loucura, olhe em volta, tem bolsa muito mais bonita, com mais classe, mais usável, deixe essa coisa medonha pra lá.

Claro que não me meti e saí da loja antes de ver a tragédia consumada.

E então fiquei pensando nessa história de bom gosto e mau gosto, classificação que os politicamente corretos rejeitam, dizendo que gosto cada um tem o seu e fim de papo. Não é bem assim: a diferenciação existe. O que não impede que pessoas de bom gosto errem, e pessoas de mau gosto acertem - de vez em quando.

Cheguei em casa e fui reler um texto escrito por Celso Sagastume, em que ele defende que bom gosto se aprende. Que uma pessoa começa a gostar do que é bom quando adquire bagagem cultural (através de viagens e do acesso à arte) e quando tem humildade para observar pessoas e lugares reconhecidamente sofisticados e extrair deles a informação necessária para compor o seu próprio bom gosto.

Sofisticação, no entanto, tem variadas interpretações. Eu não troco uma charmosa bolsa de palha por uma Louis Vuitton e pode me chamar de maluca. Nunca duvidei de que menos é mais, e acho que estou me saindo razoavelmente bem, com uma porcentagem aceitável de deslizes.

Bom gosto e mau gosto custam a mesma coisa, me disseram certa vez. Adotei a frase como minha, tanto concordo com ela. Aliás, o mau gosto às vezes custa até mais caro. Ninguém precisa de muito dinheiro quando tem capricho e noção.

Capricho para tornar sua casa confortável, alegre e preparada não para uma foto ou uma festa, mas para ter história. Capricho para escrever um e-mail mantendo certa diagramação e um português correto. Capricho ao se vestir, deixando de se monitorar por grifes e valorizando mais o estilo.

Capricho é cuidado e atenção. Flores frescas nos vasos, unhas limpas, música em volume adequado, educação ao falar, abajures em vez de luz direta, um toque personalizado e uma pitada de bom humor em tudo: nas atitudes, no visual, até na bagunça do escritório, que uma baguncinha também tem seu charme.

Onde eu quero chegar com isso? Na bolsa azul turquesa com 357 tachas pretas que a gente carrega desnecessariamente por falta de treinar o olho para as coisas mais simples."

Martha Medeiros

Matemática da vida



A matemática da vida não é simples
Cada soma é também uma subtração.
Quando somamos mais um ano àqueles que já vivemos, subtraímos um ano daqueles que nos restam para viver.
Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem garantia do amanhã.
Enquanto lamentamos que a vida é curta,
Agimos como se tivéssemos à nossa disposição um estoque inesgotável de tempo.
Esperamos demais para dizer as palavras do perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo, para oferecer consolo.
Esperamos demais para enunciar as preces, para executar as tarefas que estão esperando, para serem cumpridas,
Para demonstrar amor que talvez não seja mais necessário amanhã.
Esperamos demais nos bastidores, quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco.
Deus também está esperando nós pararmos de esperar.
Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia e esta vida nos foram dados.
Meus amigos: é hora de viver.

Martha Medeiros

Nós, os interessantes...


Se você não é nenhuma Gisele Bündchen, não há motivo para se desesperar em frente ao espelho. Quem dera ser uma deusa, mas não sendo, há chance de ser incluída no time das interessantes. Junte nove lindas e uma mulher interessante e será ela quem vai se destacar entre as representantes do marasmo estético. Perfeição, você sabe, entedia.

Mulher interessante é aquela que não nasceu com tudo no lugar, a não ser a cabeça - e, às vezes, nem isso, pois as malucas também têm um charme diabólico. A mulher interessante não é propriamente bonita, mas tem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos, uma malícia que inquieta a todos quando sorri - e um nariz diferente. São também conhecidas como feias bonitas.

Eu poderia citar um batalhão de feias bonitas que, aqui no Brasil, são públicas e notórias, mas vá que elas não considerem isso um elogio. Então vou dar um exemplo clássico que vive a quilômetros de distância: Sarah Jessica Parker. É uma feia lindona. Uma feia classuda. Uma feia surpreendente. Adoro este tipo de visual. Mulheres com rostos difíceis de classificar, que não se enquadram em nenhum padrão.

Quando Meryl Streep estreou como coadjuvante em Manhattan, filme de Woody Allen, chamou a atenção não só pelo talento, mas pelo seu ar blasé, seu porte altivo e uma sobrancelha que arqueava interrogativamente, como se perguntasse: e aí, você já decidiu se lhe agrado ou não? Paralisante.

Esse gênero de mulher não figura nos anúncios da Lancôme e não possui um rosto desenhado com fita métrica: olhos, boca e nariz a uma distância equilibrada um dos outros. Nada disso. A feia bonita é aquela que não causa uma excelente impressão à primeira vista. Ao contrário, causa estranhamento. As pessoas se questionam. O que é que essa mulher tem? Ela tem algo. Pronome indefinido: algo.

Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas. Não dá para encomendar num consultório de cirurgia plástica. Não adianta musculação, dieta, hidratantes. Feias bonitas têm a boca larga demais. Ou um leve estrabismo. Ou um nariz adunco. Ou seja, este algo que elas têm é algo errado. Mas que funciona escandalosamente bem.

E há aquelas que não têm nada de errado, mas também nada de relevante. Um zero a zero completo, e ainda assim se destacam. Um exemplo? Aquela menina que atuou em Homem-Aranha e Maria Antonieta, a Kirsten Dunst. Jamais será uma Michelle Pfiefer, mas a menina tem algo. Quem dera esse algo fosse vendido em frascos nos freeshops da vida.

Se o fato de ser uma feia bonita é, digamos, uma ótima compensação, ser um feio bonito é o prêmio máximo. Não sei se você concorda, mas eles são mais atraentes que os bonitos bonitos. Não que seja tolerável um narigão num homem: ele tem que ter um! Nada de baby face. É obrigatório uma cicatriz, ou um queixo pronunciado, um olhar caído. Você está lembrando de um monte de cafajestes, eu sei. Ou de um monte de italianos. É esse tipo mesmo, você pegou o espírito da coisa.

Feias bonitas e feios bonitos tornam a vida mais generosa, democrática, divertida e interessante. Não podemos ter tudo, mas algo se pode ter.

Martha Medeiros