domingo, 21 de junho de 2009

Por que a vida não pode ser leve???



Você já parou para se perguntar por que será que para alguns a vida é tão fácil, tão leve, e para outros tudo é problema, uma complicação???

Nunca entendi como existem pessoas que estão gripadas, cheias de febre, e se levantam da cama, mesmo se sentindo péssimas, para ir ao dentista.

Qual seria o problema de desmarcar??? Nenhum. Mas elas são exigentes com elas mesmas e, se deram a palavra, mesmo sendo uma simples ida ao dentista, não podem falhar.

Essas pessoas, se são duras com elas mesmas, são também duras com os outros. Elas criam expectativas, para o bem e para o mal, que não podem ser frustradas, sob pena de cair em profundo sofrimento.

Se uma dessas pessoas complicadas programar uma viagem maravilhosa para as ilhas gregas, quando voltar ela vai falar apenas de como é difícil viajar nos dias de hoje, dos atrasaos nos vôos, dos aeroportos cheios, da bagagem que demorou a chegar na esteira, e vai se esquecer de contar as coisas maravilhosas que viu, até porque talvez ela não tenha visto nada, apenas olhado, o que não tem nada a ver.

Mesmo boas notícias que não estavam programadas contrariam os viciados em sofrer. O imprevisto, mesmo, e sobretudo, em se tratando de coisas boas, transtorna certas pessoas; a vida para elas é difícil, dura.

Parece que não se pode ser feliz porque o castigo vem depois. Elas adiam qualquer prazer por nada, ou talvez para não terem prazer. Quando vêm alguém com pouco ou nenhum futuro pela frente, um empreguinho de nada, sem perspectivas, sendo feliz, dando não uma, mas várias gargalhadas, elas se sentem quase ofendidas.

O lema dessas pessoas é esse: "A vida não é fácil". A visão de uma pessoa que acha que a vida pode ser fácil e leve faz mal aos difíceis. Só que a vida ser fácil ou difícil depende, e muito, de como se é.

Quem é difícil não suporta a companhia de gente leve. E você já reparou que essas pessoas encontram sempre alguém difícil quanto elas para conviver???

E o que é uma pessoa fácil??? É aquela que, se você passar na casa dela na hora do almoço e não tiver nada na geladeira, diz, alegremente, que não tem problema, que em cinco minutos resolve tudo, e pergunta o que você quer: se um omelete, com um com azeitonas cortadinhas, ou se prefere uns ovos mexidos...

Mas isso nunca vai acontecer: uma pessoa difícil nunca chega à casa do outro sem avisar, para que o outro nunca, jamais, faça isso com ele, que só de pensar nessa possibilidade já fica estressado; difícil lidar com pessoas difíceis.

Não há quem não tenha uma amiga ou amigo difícil; eu tenho alguns, e você também deve ter, claro. E o mais inexplicável é que continuo gostando deles, me dando com eles, telefonando para eles, como provavelmente acontece com você. Por que será???

BUNDA DURA


Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário?
E, só pra piorar, tem a bunda dura!!!
Pois então, mulheres assim são um porre.
Pior: são brochantes. Sou louco?
Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?

a) Escova toda manhã:
A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão “Alisabel”, que é legal…
Burra.

b) Na moda:
Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar desarrumada nem enquanto estiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto…
Credo.

c) Sorriso incessante:
Ela mora na vila dos Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipático com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás, ela nem sabe o que a palavra significa…
Coitada.

d) Bunda dura:
As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você.
Cerveja?
Esquece!
Melhor convidar o Jorjão…
Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps.
Que beleza de mulher.
E você reparou naquela bunda?
Meu… Deus!!!

Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa… Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema). Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade. Nem pra dela, nem pra sua!

E tem outra …. mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!!!!!!

(Arnaldo Jabor)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

MÉDICOS TRATAM CORAÇÃO PARTIDO


Antes que sua melhor amiga comece a discursar, dizendo que todo o sofrimento é psicológico, corte o assunto e diga que até a ciência já reconhece o problema como um mal físico. Lí isso hoje, e estou postando por ser um assunto de interesse geral... Afinal de contas quem nunca sofreu desse mal???

Quando o relacionamento termina, não tem jeito: o peito aperta e o coração dói, como se tivesse levado uma pancada.

Um estudo recente, publicado na revista American Journal of Cardiology, conseguiu mapear de onde vem a dor: ela é causada pelo aumento de hormônios e pelo estresse em excesso, apresentando os mesmos sintomas de um ataque cardíaco (falta de ar e dores no peito).

Mas, felizmente, a síndrome do coração partido, como foi batizada pelos especialistas, é totalmente reversível e temporária. Após acompanhar 70 pacientes com características da síndrome, os médicos relataram que todos venceram o problema, incluindo os 20% em estado crítico. O tratamento aconteceu basicamente com aspirinas ou remédios cardíacos, que ajudam a controlar os batimentos do coração, diminuindo a sensação de mal-estar.

Mas nada de tentar um tratamento caseiro. A cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Denise Hachul, afirma que os sintomas servem de sinal de alerta e devem ser respeitados quando o assunto é a saúde do coração. “Eles são um sinal do corpo, avisando que precisa de socorro. No caso do infarto do miocárdio, por exemplo, as dores surgem pela falta de oxigênio no coração. A opinião de um especialista é a melhor maneira de lidar com qualquer inconveniente”. O próximo passo da pesquisa é verificar se os sintomas causam algum dano duradouro para o coração.

Fonte: Informe Yahoo

A massacrante felicidade alheia



Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: “Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento”... Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.

É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.

Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. “Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça.

Mas tem... Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista... As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

Martha Medeiros

A DULCÍSSIMA ESPERA



Mulher nasceu para esperar. Não, essa não é uma opinião inventada por um machista para que elas se sintam diminuídas; aliás, que mal há em esperar? Elas simplesmente foram feitas para isso, está marcado a ferro e fogo no DNA de todas nós, o que não é razão para ficar triste, querer mudar a rotação do planeta nem queimar os relógios para provar que somos iguais aos homens porque não somos.

As mulheres já nascem esperando pelo dia em que alguma coisa vai acontecer, como, por exemplo, casar de véu e grinalda. Os homens, não; eles vão levando, pegando o que aparecer - em todos os sentidos - e sem pensar muito no futuro. Você algum dia ouviu falar de algum homem que tenha sonhado com o dia em que encontraria sua princesa encantada? É claro que não. Já as mulheres, todas elas, sonham com seu príncipe - que não chamam de príncipe, claro, pois seria de uma antigüidade atroz -, mas com um homem. O homem de sua vida. Passam-se os anos e elas continuam esperando; as solteiras, as viúvas, as desquitadas e as casadas.

O homem da vida de uma mulher nunca é o atual: é sempre o que elas esperam encontrar, com características tão fantásticas que só mesmo nos sonhos podem ser encontradas. Enquanto isso não acontece, elas vão levando: trabalham, se casam, têm filhos e continuam esperando o momento do Grande Encontro - com maiúscula e tudo.
Algumas são mais impacientes e tentam atropelar, mas dificilmente escapam de esperar por um telefonema - ou um e-mail, as mais modernas. Essas, as mais modernas, nunca passaram pela emoção de esperar uma carta e esta um dia chegar. Aquela de duas ou três páginas bem dobradas, escrita à mão, que a gente lia com o coração batendo e levava para onde fosse. E muitas vezes, quando sozinha num café ou num restaurante, tirava da bolsa e lia de novo até saber de cor certos trechos. Quanta emoção, meu Deus.

As mulheres esperam na praia que os barcos de pesca cheguem trazendo seus homens, e os livros falam daquelas que esperavam pelos embarcados - os marinheiros. Pense no que devia ser esperar durante meses por um navio, e quando ele aparecia lá longe, apitando, no horizonte. É bonito, o som do apito de um navio. Os imigrantes - homens - iam tentar a vida em outro continente e mandavam vir suas mulheres seis, sete, dez anos depois, quando a vida já estava mais ou menos arrumada. E as mulheres sempre esperaram por seus homens que haviam ido para a guerra.

Mas hoje, por quanto tempo uma mulher esperaria? Elas ainda esperam, sim, mas por um tempo curto. Tão curto que quando eles chegam - se chegam - a alegria é aguada, pífia; o tempo da espera valorizava as emoções que se sentia depois. Emoção - um artigo muito em falta nos dias de hoje. Ok, alguns homens esperam por suas mulheres, as executivas que vão para São Paulo de tailleur e pasta. Esperam, mas em termos. Enquanto o homem espera, a vida continua; eles vêem o futebol, saem para tomar um chope, olham para as mulheres que passam e dizem uma gracinha, e quando elas chegam, ótimo.

Para uma mulher que espera, a vida pára. Ela não acha graça em nada, e se sair para fingir que é capaz de se distrair - ou para parecer que -, está ligada nele; terá ele telefonado? Terá chegado? Ah, que bom, se ligou e não a encontrou. Esse é o grande problema entre mulher e homem. Elas só pensam neles; já eles, não. E aí, fica difícil. Mulher foi feita para esperar, começando pelos filhos. São nove meses esperando, e nada, rigorosamente nada pode ser feito para abreviar esse tempo. Não é que elas sejam resignadas; apenas é assim, tem sido assim desde que o mundo é mundo. E vai continuar sendo. O tempo vai passar, tudo vai ficar cada vez mais moderno e a mulher vai estar sempre esperando que um dia alguma coisa aconteça e ela se transforme na pessoa mais feliz do mundo.

E sabe por quê? Porque mulher nunca perde a esperança. Não todas: algumas tomaram muito cedo a decisão de não esperar por mais nada, muito menos por um homem, seja ele quem for. É, digamos assim, uma questão de atitude, palavra muito em voga nos dias de hoje. Uma pena: elas não sabem o que estão perdendo. E tomando a liberdade de ser um pouquinho romântica: ir para o cais e ver o navio atracar depois de meses de espera e ele descer correndo para dar aquele abraço forte, bem forte, devia ser a coisa melhor do mundo. Do mundo.

Danusa Leão

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tempo


Observações sensíveis e precisas marcaram a maioria dos textos de William Shakespeare. Em um de seus muitos pensamentos sobre o "tempo", ele escreveu: "O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam".
O dramaturgo inglês tinha razão. Quanto a contagem, o tempo é sempre igual, exatos um segundo atrás do outro. No entanto, quanto a velocidade, ele é repleto de variáveis para quem espera, tem medo, quem lamenta ou festeja. É como tentar prever o imprevisível, sobra tempo, falta previsão.

Pablo Neruda também escreveu sobre a importância do conteúdo do nosso tempo, que não deve ser negligenciado em hipótese alguma. Ele escreveu que "Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo". É verdade! Precisamos viajar e conhecer lugares, viajar nos livros, viajar na música, viajar de mãos dadas com a Graça!

Tudo isso pertence a Deus! Os lugares Ele criou, os livros Ele inspirou, a música Ele gravou nas notas musicais, a graça Ele doou! O tempo com Deus é rico, imprevisível no aspecto da surpresa, mas totalmente previsível no aspecto da certeza. Da certeza que o nosso tempo não está sendo desperdiçado, de que não estamos morrendo lentamente, de que a vida está sendo vivida intensamente.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Keane



Gostaria de compartilhar o gosto por uma banda inglesa chamada Keane. Eles cantam um estilo conhecido como "piano rock", com um formato minimal, sem guitarra, somente piano , bateria e voz. Gosto das letras dessa banda pelas reflexões profundas e a voz melodiosa do vocalista Tom Chaplin, esse fofinho da foto... Não são muito conhecidos no Brasil, mas costumam abrir os shows do U2 pelo mundo a fora.
Essa música é tema do filme A Casa do lago... Espero que gostem!!! http://www.youtube.com/watch?v=AvM6uuRgYOI

PAC dos homens...




Lí que uma revista de fofocas da Espanha criou o PAC das celebridades. P de pecho. A de abdomen. C de culos. O PAC do presidente Lula é um programa de aceleração de crescimento. O PAC dos famosos na Espanha define um ranking e mostra que é quase impossível ter na medida certa peito, barriga e bunda, mesmo no universo de quem vive das aparências. O crescimento de alguns setores é acelerado com a idade, o chope e o silicone.

Nada mais idiota, certo??? Errado!!! Muita gente se preocupa, ao se olhar no espelho. E a maioria se diverte com o mundo dos famosos. Penelope Cruz tem mais pecho que culos. Tanto que, para fazer a espanhola sensual de Volver, de Almodóvar, colocou uma bunda postiça, para rebolar com mais conteúdo e propriedade dentro das saias justas.

Mas este PAC é de homens. Sete homens. Você pode votar no seu favorito. E checar se entende do assunto.

Primeiro vem a barriga, para falar de algo bem masculino cultivado no botequim. Quem gosta de barriga tanquinho em homem? Aqueles gomos todos duros dão um certo nervoso. Criam uma expectativa. É duro corresponder. Prefiro a barriguinha de homem reta, sem ser definida demais. É a mais cômoda e normal. Adoro homens normais. Não dá é para deixar o barrigão crescer com a cerveja e o sofá – e ainda ter a pachorra de criticar mulheres "caídas". Já repararam como os barrigudos são exigentes em matéria de PAC de mulher???

Um tórax estufado demais pode não fazer o gênero de muitas. Só em calendário de oficina e eventualmente nos exibicionistas das novelas, sempre sem camisa. Mas é aconselhável conservar o peito no lugar com uma malhação básica. A bunda é uma questão filosófica no homem: ter ou não ter. Sabe a melancia, o melão, o moranguinho? Pois é, mulher também olha as costas do homem, pensa em frutas e repara na curva e consistência da cintura pra baixo. Só para dar uma conferida. Não conheço mulher tão obtusa a ponto de começar a se apaixonar por um homem pela bunda.

O conjunto harmonioso costuma ser o mais atraente. Homem bombadaço não dá. Caidaço também não. Obsessão narcisista ou desleixo total com a aparência revelam uma certa doença do espírito.

PS: Estava procurando uma foto do Gianechinni para ilustrar este post e vocês nem imaginam como foi difícil escolher... Vem ser bonito assim aqui em casa!!!!!

Mulheres visíveis


Muitas mulheres se perguntam: afinal, o que querem os homens???

O filme Mulher Invisível, que estreiou na semana passada, com Luana Piovani e Selton Mello, dá boas dicas.

A história é a seguinte: largado pela mulher e infeliz, Pedro (Selton) deprime. Esquece o trabalho, os amigos, os compromissos. Um dia a nova vizinha, Amanda (Luana), bate à sua porta pedindo uma xícara de açúcar. É o suficiente para a adoçar a vida do moço. Ela é o sonho de todo homem, porque:

- É sexy
- Faz uma faxina como ninguém
- Espera o cara com jantar pronto e banho preparado
- Adora futebol

Amanda, como todo mundo sabe e o título do filme entrega, não existe. Só Pedro a vê.
Mas será que não existe mesmo???

Tudo bem que nem todas as mulheres podem ser bonitas como Luana Piovani. Mas - faxinas à parte - é tão difícil assim ser uma mulher de sonho???

Que mulher não pode ser sexy? Lembrando que é mais uma questão de atitude e não só de lingerie.
Quem não pode fazer um agrado ao seu homem de vez em quando??? Levar um café na cama pode operar milagres num relacionamento. Especialmente porque os homens felizes adoram servir suas amadas, em retorno.

Agora, o que parece difícil pode ser o mais fácil de tudo: o futebol!!! Quem nunca experimentou a diversão e a cumplicidade de assistir à uma final do campeonato com o parceiro não sabe o melhor da festa. Acredite, a comemoração pode ser uma delícia sempre.

Claro que, para isso, é preciso torcer para o mesmo time.

Mas o mais bacana do filme é mostrar que os homens e mulheres possíveis podem estar ao seu lado e você - focado em expectativas impossíveis - corre o risco de deixá-los passar.

O que faz um homem ou uma mulher de sonho para você???

E eu que pensei que já tivesse visto de tudo...


Quando você pensa que já viu de tudo nessa vida... o mundo das celebridades tem sempre algo de novo - e absurdo - para revelar.

Acabei de receber este email: "WTN Absoluta pode avisar a mulher moderna, que usa torpedo de celular, o passo a passo do parto da filha de Joana Prado, a ex-Feiticeira. A cada contração, uma mensagem. Não é emocionante? Quem quiser também pode mandar mensagens de apoio!"

Eu não sei nem o que dizer... Pois não sei se é pior oferecer este serviço, comprar este serviço ou vender o próprio parto. Só sei que eu tenho medo. Tenho muito medo!!!

sábado, 6 de junho de 2009

Casem por dinheiro...


É o que prega o livro recém-lançado nos Estados Unidos (algo como "Garotas casam com dinheiro: como as mulheres foram levadas a acreditar no sonho romântico – e como estão pagando por isso"), escrito por Daniela Drake, médica que fez MBA e trabalhou com consultoria, e Elizabeth Ford, produtora de TV ganhadora de um Emmy. Bem sucedidas profissionalmente, mas separadas de seus maridos, elas se sentiram no dever de alertar as mulheres para o que classificam como um erro: casar-se por amor.

As autoras voltam ao mundo pré-feminismo para defender que é estúpido o romance servir de base para um casamento. Elas dizem que, quando o amor não era razão para fazer um casamento, ele também não virava motivo para seu fim. Daniela separou-se do marido por achar que o amor tinha acabado, mas se arrependeu. "As coisas poderiam ser diferentes se eu soubesse que o amor é transitório e que sua falta não é razão para terminar um casamento", disse ao jornal britânico The Times. Detalhe: seu ex-marido enriqueceu depois da separação. Pelo jeito, o arrependimento surgiu do saldo da conta bancária.

Mas preocupar-se com dinheiro na hora de escolher um homem não é uma vergonha, como o título do livro já deixa claro. Para quem tem dúvida, elas esclarecem: "Em vez de procurar por amor, procure por segurança, daquele tipo que você possa contar em dólares e cents".

As autoras questionam quem torce o nariz para o conselho: "Por que a sociedade aplaude uma mulher que fica caída pelos grandes olhos azuis de um cara e denuncia outra que escolhe um homem com uma conta bancária cheia de verdinhas? Qual a diferença? Ganhar dinheiro é, antes de tudo, um reflexo de seus valores e caráter. Grandes olhos azuis? Nem tanto."

Você se casaria por dinheiro?

Talvez essa relação entre caráter e dinheiro seja mais verdadeira nos Estados Unidos do que no Brasil, mas os conselhos das duas realmente fazem algum sentido. Elas recorreram até a pesquisas científicas para mostrar por que as mulheres devem se preocupar com o dinheiro na hora de casar. Uma pesquisa do professor Stephen Jenkins, diretor do Instituto para Pesquisa Econômica e Social, por exemplo, mostra que cinco anos depois do divórcio, os homens estavam 25% mais ricos e as mulheres, mais pobres do que quando eram casadas. A principal razão para isso, segundo o estudo, é a diferença de remuneração entre homens e mulheres, que fica ainda maior quando elas têm filhos.

OK!!! Acho que todas concordamos que amor não enche barriga, mas eu, que ainda não me casei, pergunto-me se conseguiria tomar uma decisão dessas olhando para esse dado frio: conta bancária.

Talvez eu seja mesmo uma boba romântica... Mas se já é difícil conviver com quem amamos, como seria, então, dividir a vida com o "senhor segurança financeira"???

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A magia de voar



"Desde 1906, quando Santos Dumont pilotou o primeiro avião, o 14-Bis, fazendo-o levantar voo com total autonomia, sem a ajuda de uma catapulta (como fizeram três anos antes os irmãos Wright), o mundo se curvou diante dessa invenção.

O avião tem mais de 100 anos e segue mantendo uma aura de mistério e classe. Voar sempre foi o maior desejo do homem, e mesmo que hoje cruzem pelo céu milhares de aeronaves que partem e chegam dos mais diversos pontos, ainda assim é um meio de transporte que não se trivializou, e creio que manterá para sempre sua imponência.

Diariamente, vidas se perdem em acidentes de ônibus, de carro, de moto, de barco, e tudo é sempre muito comovedor, pois é o destino interrompendo a trajetória de alguém. Uma vez escutei que a morte de uma única pessoa é sempre uma tragédia, enquanto que a morte de centenas é apenas uma estatística. Uma visão fatalista da realidade, mas que não se aplica aos acidentes aéreos.

Recentemente, uma família inteira faleceu durante a explosão de uma aeronave que aterrissava em Trancoso, na Bahia, e ficamos compungidos. Agora são 228 homens e mulheres desaparecidos, e ficamos muito mais. Nenhum desses corpos faz parte de uma estatística, e sim de um mito: a morte coletiva no veículo que é considerado o mais seguro do mundo e, ao mesmo tempo, a morte individual do sonho de cada um dos passageiros e tripulantes. Porque um avião está sempre carregado de sonhos.

A garota que finalmente conseguiu uma bolsa para estudar na Europa. O casal que contava os minutos para sua lua-de-mel. O grupo de amigos que economizou anos para fazer uma longa viagem depois da formatura. O empresário que se preparou para fechar um acordo internacional. O artista que iria lançar seu trabalho em solo estrangeiro. O jogador de futebol se transferindo de time. A mãe que visitaria a filha pela primeira vez do outro lado do oceano. Um avião transporta todas essas histórias que, para a grande maioria da população, são contos-de-fada.

Mesmo nos voos domésticos, muitos deles precedidos de atrasos e bagunças em aeroportos, a fleuma se mantém. Ninguém esquece a primeira vez em que apertou o cinto e prestou a maior atenção nas informações que a comissária transmitia, com seus braços parecendo asas sinalizando as saídas de emergência. Nervosismo e êxtase: o risco levado a sério.

Então aquele bicho enorme e pesado ganha velocidade e começa a subir. A cidade vai ficando minúscula lá embaixo, as nuvens vão passando ao lado da sua janela, e o dia nublado e chuvoso deixado pra trás transforma-se num céu límpido, descortinado. Poucas horas depois, Rio de Janeiro, Salvador. Outras horas adiante, Londres, Nova York. Isso nunca vai ser considerado banal, por mais milhas que um viajante acumule.

Todas as pessoas têm sonhos, não importa de que tamanho. Todas merecem ser pranteadas, não importa de que modo falecem. Mas há coisas na vida que pertencem a um deslumbramento que não obedece à lógica. Um avião que cumpre a sua trajetória do início ao fim está realizando um passe de mágica com o qual ainda não nos acostumamos, prova disso é o número de gente que, em terra firme, assiste decolagens e aterrisagens como se fosse um espetáculo - e é.

Quando a mágica não funciona, voltamos todos a um estado de descrença e dor: a ilusão não se cumpriu."

Martha Medeiros
para o Jornal Zero Hora

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Coisas que a vida ensina depois dos 40



Mas nada impede que se aprenda antes...

"Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.

As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.

Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.

Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.

Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana.

Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam.

O carinho é a melhor arma contra o ódio.

As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros.

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.

Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor

O amor... Ah, o amor...

O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos, cura doenças...

Não há vida decente sem amor!

E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente..."

Artur da Távola

Modo de usar-se



"Coitada, foi usada por aquele cafajeste". Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for.

Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.

Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.

Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.

Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas.
Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.

E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.

Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.

Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia.

Martha Medeiros