terça-feira, 5 de maio de 2009

A vida que escolhemos ter


Se fosse feita uma enquete nas ruas com a pergunta: "Você tem a vida que pediu a Deus???", a maioria responderia com um sonoro "quá quá quá"...

Lógico que alguém desempregado, doente ou que tenha sido vítima de uma tragédia pessoal não estará muito entusiasmado.

Mas mesmo os que teriam motivos para estar (aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva) também não têm achado muita graça na vida.

O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não agüentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos é que não faltam...

Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.

Por que não estão??? Ora, a culpa é do governo, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.

O fato é que as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem a mídia, nem o seu lider espiritual . A gente tem a vida que pediu, sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?

Sei que é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento.
Aos nos dar o livre arbítrio, Deus nos tornou roteiristas da nossa própria história. E com isso, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta.

A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar.

O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.

É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão.

É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam... Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até o fundo, para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer por situações que só a nós compete mudar.

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Ellen Cristina