terça-feira, 31 de março de 2009

Mulherão



Há mulheres de todos os gêneros.

Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais.

Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito.

Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.

Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher.
Meia-verdade.

Ele pode ser grande estando sozinho também.

Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.

Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.

Mulher que empurra pra baixo é a que é dependente, que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.

Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o companheiro a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.

Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.

Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.

Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.

Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.

Martha Medeiros

Simplesmente Gato


"Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso... nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.

(...)

O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.

Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula.

Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso.

"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.

O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio e espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer.

Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.

Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência.

Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.

O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta.

Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.

(...)

O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!

Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo ( quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.

O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.

Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio.Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.

Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.
O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição
do homem."

Arthur da Távola

Arthur da Távola: "DEUS CRIOU O GATO PARA QUE O HOMEM PUDESSE ACARICIAR O TIGRE."

Você tem estilo???



Tem gente que passa a vida assistindo desfiles de moda e tentando combinar tudo o que vê numa estação, seguindo todas as tendências, tudo isso ojetivando ter estilo. Se você está procurando seu estilo, comece buscando no lugar certo: dentro de você.

O que é ter estilo?
Não pense que vestir-se como uma princesa e ter um comportamento inadequado irá deixá-la bonita. Aos olhos dos outros, você não parecerá uma pessoa com nexo. Ter estilo não é apenas saber o que escolher no guarda-roupas, com qual sapato sair, se combina com a bolsa ou se a maquiagem está adequada. Ter estilo é unir o modo de se comportar e vestir-se baseando-se naquele modo. Assim, você se veste de uma forma que você se sinta confortável e haverá ligação entre todos os aspectos, roupa e comportamento.

Se você ainda tem dúvidas de como se vestir e definir o seu estilo, confira as dicas abaixo:

* Saiba quem você é. Definir a sua personalidade é o primeiro passo para escolher o que você vai vestir. Pense no tipo de lugares que você freqüenta, nas pessoas com quem anda, no seu poder aquisitivo e depois de tudo feito, comece a observar as pessoas que têm esse mesmo perfil que você traçou.

* Não tente ser quem você não é. Se você acha que se definiu, cuidado! Não adianta você comprar um monte de peças relacionadas a um determinado perfil e não saber se portar depois. Saiba como combinar as peças e sobretudo não ‘mude de estilo' de uma hora para outra. Além de indicar que você é uma pessoa indecisa, mostra que você ainda não tem uma personalidade definida.

* Conheça seu corpo. Independente do que você acha lindo de morrer, existe o que fica lindo e o que fica horrível em você. Antes de colocar na sacola, experimente as roupas, faça combinações, gaste muito tempo dentro da loja. De preferência, leve aquela amiga que você sempre admirou a forma de se vestir. Ela poderá lhe dar ótimas dicas. Não esqueça que se você for magrinha, não convém usar roupas de gordinhas e vice versa.

* Misture estampas. Na nova estação, xadrez e florais juntos, na mesma peça são um charme. Case as cores da estação com os modelos e comece a imaginar modelos e produções na sua cabeça. Quando você menos esperar você vai se deparar com uma vitrine que é a sua cara.

* Use o poder dos acessórios. Depois do trabalho árduo de definir a sua personalidade, escolher o repertório que fará parte do seu novo guarda-roupas, é hora de caprichar e começar a enfeitar. Navegue na internet, leia revistas de moda e converse com suas amigas. Garanto que em pouco tempo você estará combinando acessórios com a roupa com muita facilidade.

* Divirta-se. Agora é hora de encarar as mudanças no visual, levantar o nariz e começar a mostrar quem você é de verdade. Saia, vá ao shopping, veja vitrines, experimente roupas. Além de sair de lá cheia de idéias, você vai arrancar muitos olhares, quiçá suspiros.

segunda-feira, 30 de março de 2009

BONS AMIGOS



Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Machado de Assis

Por que ele não liga???


Você saiu com a criatura, deu o seu número de telefone, e agora espera, espera, espera, espera... por uma ligação do cara. Afinal, porque os homens não telefonam no dia seguinte???

A questão é discutida há tempos e não tem revolução sexual que dê jeito nisso: por qual razão, motivo ou circunstância ele não liga???

Será que foi fazer um curso de 20 dias na Europa; perdeu toda a agenda do celular; o aparelho caiu no vaso sanitário; teve um AVC isquêmico; está ocupadíssimo cuidando de contas de clientes importantes nesse período de crise global, coitado... Vai ver foi atropelado, ou quem sabe abduzido ????

Greg Behrendt e Liz Tuccillo, roteiristas da famosa série americana "Sex and the City", têm a resposta e a colocaram no livro “Ele simplesmente não está a fim de você”, que eu tive o privilégio de ler há dois anos e que agora chega ao cinema.

Não vi o filme ainda, entrou em cartaz na semana passada, mas o livro é super divertido e enfoca justamente o fato de que algumas mulheres simplesmente não entendem o universo masculino, quando eles mostram claramente sinais de que não estão a fim de relacionamento sério.

Interessante é que eles abordam o tema algumas vezes no seriado Sex and the City. Lembro-me de um episódio em que a personagem Miranda, uma advogada durona, meio fria, dá uma grande lição para as amigas.

Elas estão sentadas em frente a um museu comendo um lanche e conversando. Uma amiga comenta com a outra que o cara que ela saiu ainda não ligou porque está trabalhando muito. A amiga, totalmente solidária, diz: “é claro que ele vai te ligar, homem ocupado é assim mesmo”.

Miranda ao ouvir a conversa das duas pede licença e diz: “Eu não queria atrapalhar o lanche de vocês, mas a verdade é só uma: ele não vai te ligar. Ele não está ocupado. E eu só estou falando isso para te poupar de perder tempo esperando um convite ou um telefonema que não vai acontecer”.

O fato é que nós mulheres sabemos disso. Podemos até dar as mais absurdas desculpas para o fato do sujeito não ter ligado, mas sabemos a real. Por mais que não queiramos admitir...

Quando o homem está com vontade vai até o inferno por uma mulher. Eu costumo dizer que ele faz 2.001 quilômetros a nado se preciso for...

Quando ele quer te ver e não pode, manda te buscar. Ele se vira, mas te encontra.

Qualquer outra coisa, além disso, é pura suposição. E homens em sua praticidade não perdem tempo com suposições, o jogo é simples eles querem ou não querem.

Os autores deixam bem claro isso que eu acabei de dizer: "Podemos tentar fazer você pensar que somos diferentes, mas nós, homens, somos iguaizinhos a vocês, mulheres. Gostamos de fazer um intervalo no nosso dia, em geral sem graça, para conversar com alguém de quem gostamos. Ficamos felizes com isso. E gostamos de ficar felizes. Exatamente como vocês. Se eu estivesse a fim de você, falar contigo seria uma bênção nesse meu dia infernal. E exatamente nesse dia, eu nunca estaria ocupado demais para ligar para você”.

domingo, 29 de março de 2009

QUEM MORRE?



Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje !
Arrisque hoje !
Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !

NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ

Martha Medeiros

Ave Veríssimo!!!




Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia
e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.

Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.

Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
Chega na hora certa, fala as coisas certas,
faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.

Aí é a hora de procurar a pessoa errada.

A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...

A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
que é pra na hora que vocês se encontrarem
a entrega ser muito mais verdadeira.

A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.

Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.

Essa pessoa vai tirar seu sono.

Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.

Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.

Vai estar o tempo todo pensando em você.

A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo,
porque a vida não é certa.

Nada aqui é certo!

O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo...

E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra
gente...

Luis Fernando Veríssimo

Amigas da Onça


Atualmente as estampas de onça e outros bichos estão presentes nas vitrines das principais lojas. Mas nem sempre ela foi considerada como ícone fashion. Lembro que algum tempo atrás era classificada como item brega e de mau gosto.
Eu sempre fui apaixonada pelas estampas de bicho, acredito que desde criança, principalmente as de onça. E penso que, quando usada corretamente a estampa de oncinha e de outros animais é extremamente chique.
Esse tipo de estampa é característica de mulheres sensuais. Imagino que por esse motivo, não são todas as mulheres que têm coragem de usá-las.
É bom lembrar, que como tudo na moda, as estampas de animais são perigosas se usadas incorretamente. Portanto, devem ser usadas com elegância e sem exageros.
O mais bacana é que dependendo da combinação que se faça utilizando animal print, podemos passar diferentes mensagens.
Combiná-las com preto e marrom fica perfeito para as mulheres mais discretas, além dar um ar mais sofisticado à produção. Com rosa e salmão o look fica mais feminino, com o vermelho e roxo mais sensual.
Existem algumas dicas que podem ajudar a usar a oncinha, e outros bichos, e não parecer brega ou fora de moda:
• Procure não usar o look 'bicho total', o ideal é usar uma peça ou um acessório e misturá-los sempre com cores neutras e lisas;
• Se você tem muito busto ou quadril, cuidado: estampas de bicho aumentam o volume, prefira as que têm proporções menores;
• Para calçados e bolsas outro hit absoluto da estação é a cobra, mas o jacaré, é outra estampa clássica que nunca sai de moda e sempre faz bonito;
• Use um tipo de bicho por vez, nada de misturar onça, tigre, leopardo, píton no mesmo look;
• Escolha apenas uma peça de estampa animal e combine com outras peças neutras e lisas.
• Não exagere nas bijous e nos acessórios (bolsa e sapato). Deixe que a peça de estampa animal brilhe soberana.
Não tenha medo de ousar, a oncinha vai e volta do circuito fashion o tempo todo, por isso não se preocupe se você ainda não usou a estampa. Um dia você vai usar e arrasar!!!
Eu diria que gostar de estampa de onça é como apreciar Absolut Vodka, e como eu sou uma apaixonada tanto por uma como por outra, posso falar com certa propriedade sobre o assunto: Tome de preferência com sucos de frutas (cores neutras); nunca misture com outra bebida alcoólica (outras estampas), e aí vai a principal dica: Aprecie com moderação...

sábado, 28 de março de 2009

Promessas de Casamento




Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre. "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?

- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?

- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?

- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?

- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?

- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem escravizar o outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?

- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?


Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.


Martha Medeiros

sexta-feira, 27 de março de 2009

Amor de menos...



Há pouco tempo eu estava num consultório médico aguardando para ser consultada e comecei a ver um capítulo da novela Mulheres Apaixonadas, que estava sendo reprisada pela TV Globo. Nesse dia estava passando justamente a cena em que Heloísa, interpretada brilhantemente pela atriz Giulia Gam, vai à primeira reunião do MADA – Mulheres que Amam Demais. Para quem não se lembra ou não assistiu a novela, trocando em miúdos, Heloisa é uma mulher que tenta a ferro e fogo segurar um casamento que há muito não existe. Foi quando eu me questionei se é realmente apropriado o nome desse grupo de apoio. Mulheres que Amam Demais??? Existe isso??? Que mal pode haver em amar demais??? O Amor verdadeiro nunca é demasiado e não se mede assim pela quantidade, ou será intensidade??? Podemos falar em termos de Amar Demais ou Amar De Menos???

Não sou graduada e psicologia, mas gosto muito dos assuntos pertinentes à área e procuro ler muito a esse respeito, principalmente no que tange a relacionamentos... E nesse momento peço permissão aos profissionais graduados para emitir a minha singela opinião sobre o assunto.

Penso que o grupo de apoio deveria se chamar: Mulheres que Se Amam de Menos. Talvez com esse nome a sigla não ficasse tão bonitinha, mas ao meu ver é o nome mais apropriado.

Normalmente quando uma mulher age com emoções intensas e descontroladas no que diz respeito a um relacionamento, quer seja esse um namoro ou casamento, é comum ouvir que: ela Ama Demais!!! No entanto, penso que não é este o enfoque. Na verdade, ela não ama demais, o que ela tem em demasia é um intenso sofrimento baseado na mágoa, na rejeição, no abandono, no ciúme, e outros sentimentos não tão nobres. Tudo isso envolvido em uma grande capa de insegurança. Pensando bem, talvez essa seja a palavra chave: Insegurança.

A mulher "que Ama demais" é apaixonada e obcecada por uma causa. No entanto, esta intensidade de emoção nem sempre significa Amor. Pode ser uma atitude infantil. A mesma que sentimos quando éramos crianças e alguém tenta nos tirar o brinquedo predileto. Esperneamos, fazemos birra, o que evoca um comportamento totalmente egocêntrico.

O homem “amado” se transforma num alvo ou objetivo de vida. Essa mulher passa a viver em função das tentativas tresloucadas de reconquista ou de planos amalucados de infernizar a vida do pobre “objeto de desejo infantil”. E essa é uma prova clara de que ela se ama de menos.

Se uma pessoa não se ama e não procura focar na sua própria felicidade, jamais conseguirá amar verdadeiramente outra pessoa. Como alguém pode dar algo que não tem??? Como alguém, que possui uma auto-estima tão rasa como água na canela e pensa valer menor que um pano de prato pode amar outro alguém??? Esta mulher não Ama Demais, ela sofre demais... Todas as suas emoções são negativas e desequilibradas.

Algumas mulheres seguem pela vida a fora sem se permitir o crescimento; sempre inseguras e dependentes emocionalmente, angariando migalhas de pena e culpa daqueles que as cercam. Sabem que vivem relacionamentos doentios e humilhantes, mas não têm forças para mudar o curso de suas vidas ou acreditam ser mais confortável viver dessa maneira. Muitas fazem uso da tirania para manter um relacionamento capenga, instável e cheio de emoções infantis.

O Amor apazigua, tranquiliza e nasce no coração daqueles que têm muito amor por si mesmos. O respeito que a pessoa tem por si própria é o bastante para se viver um amor saudável. E amor precisa ser saudável para ser realmente AMOR

Amar Demais é muito bom!!! Amar é uma entrega completa de corpo e alma, pensamento e sentimento, sem perder-se de si mesmo. É entregar-se ao outro, mantendo a sua integridade emocional. Uma entrega solta sem amarras e sem posses. Sem controle. Assim é bom Amar Demais. Você dá ao outro seu carinho e recebe carinho. Mesmo nas fases mais sofridas e complicadas do relacionamento.

Tenho aprendido que, por mais que exista amor num relacionamento, as fases difíceis vão existir, porém em se tratando de um sentimento sadio, sem obsessões, nós estaremos fortes emocionalmente para enfrentar as dificuldades sem nos deixar desfalecer pela Insegurança e o Medo da Perda.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A Moça Tecelã



Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo se sentava ao tear.

Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.

Depois, lãs mais vivas; quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.

Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que, em pontos longos, rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.

Mas, se, durante muitos dias, o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados para que o sol voltasse a acalmar a natureza.

Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava seus dias.

Nada lhe faltava. Na hora da fome, tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor-de-leite que entremeava o tapete. E, à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.

Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

Mas, tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha e, pela primeira vez, pensou como seria bom ter um marido ao lado.

Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E, aos poucos, seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponta dos sapatos, quando bateram à porta.

Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma e foi entrando na sua vida.

Naquela noite, deitada contra o ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.

E feliz foi, por algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque, descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.

— Uma casa melhor é necessária, disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor-de-tijolo, fios verdes para os batentes e pressa para a casa acontecer.

Mas, pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.

— Por que ter casa, se podemos ter palácio?, perguntou. Sem querer resposta, imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates de prata.

Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça, tecendo tetos e portas, e pátios, e escadas, e salas, e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto, sem parar, batiam os pentes, acompanhando o ritmo da lançadeira.

Afinal, o palácio ficou pronto. E, entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.

— É para que ninguém saiba do tapete, disse.

E, antes de trancar a porta a chave, advertiu:

— Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!

Sem descanso, tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos; os cofres, de moedas; as salas, de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

E, tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E, pela primeira vez, pensou como seria bom estar sozinha de novo.

Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E, descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.

Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e, jogando-a veloz de um lado para outro, começou a desfazer o seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois, desteceu os criados e o palácio. E todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.

A noite acabava quando o marido, estranhando a cama dura, acordou e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.

Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz que a manhã repetiu na linha do horizonte.

COLASANTI, Marina.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Gata de Botas


Elas nos fascinam, porém todos os invernos, ao aportarem com uma variedade enorme de modelos, as mesmas dúvidas nos atormetam: onde, como e com que usar???

Resolvi reunir algumas dicas úteis para que acertemos sempre no visual.


Com vestidos e saias

Tente tapar com as bainhas o final do cano da bota. O resultado é um visual alongado.
- Se parte da perna for aparecer entre a bainha e o cano da bota, tente meias cor da pele, no tom da saia ou da bota. A unidade dos tons alonga.
- Vestidos e saias mais requintadas pedem botas com bicos mais finos e saltos mais altos.
- A altura do cano pode variar. Nas botas de cano longo prefira as justas ou de stretch que ficam agarradas na perna e não criam volumes nas saias mais longas.
- Evite botas esportivas como as country, borzeguim ou coturno com peças clássicas.
- Com saias longas o ideal é usar botas de salto médio e grosso.


Com terninhos e calças compridas

- Calças combinam mais com as botas curtas e médias, que não fazem volume nas pernas. o comprimento das calças deve ser sempre suficiente para tapar o cano da bota.
- Não use botas de salto fino com terninhos ou calças para trabalhar.
O salto agulha costura melhor os look noturnos.
- Use a bainha da calça virada, deixando a bota á mostra se tem estilo esportivo.
- Botas por cima das calças, apenas no campo, em rodeios, festas country ou com calças desenhadas para o uso das botas (calças de montaria- knickers). Nestes casos as botas devem ser estilo country, montaria ou borzeguim e a boca da calça ajustada.
- É muito sexy usar modelagens sofisticadas de botas de salto e bico fino com calças, especialmente com jeans.


Botas de bico e saltos finos
(com qualquer altura de cano)
- Indicadas para roupas mais sofisticadas e por pouco tempo, pois costumam ser desconfortáveis.


Botas de bico e saltos grossos
(com qualquer altura de cano)

- Botas de bicos mais largos ou levemente arredondados, de salto grosso, ou estilo sapatênis são perfeitos para um estilo casual descontraído para calças e conjuntos.


Botas estampadas de peles animais

- Devem ser combinadas com roupas sóbrias e proibidas para baixinhas e gordinhas.


Botas de tecidos finos

- Especiais para sair á noite com roupas mais sofisticadas


Botas no verão

- Use com saias curtas, shorts, calças compridas e corsários.
- Combine com a cor da saia ou shorts ou descoordene geral.
- Evite meias de nylon, mas para não ficar incomoda no pé, calce meias curtas que ficam escondidas na bota.
- Ideal para a meia estação indefinida. Botas com a cor do verão, abrigam e escondem as pernas ainda desbotadas do inverno.

Eternas Cinderelas


Sei que esse tema renderá muitas postagens futuras, pois poderia passar horas falando sobre esse objeto de paixão feminina e, ainda assim, não exauriria o assunto por completo. O fato é que nós mulheres adoramos sapatos. Na verdade, somos aficionadas por eles. É pelos pés que mostramos a nossa feminilidade, nossos diferentes estilos e personalidades.

Os homens estranham, e muito, o nosso comportamento. Mesmo possuindo dezenas de pares no guarda-roupa, de variados modelos e cores, nós sempre alegamos a necessidade de um novo par.

A verdade é que, de Imelda Marcos a Carrie Bradshal, as mulheres amam sapatos. Bolsas também, mas os sapatos exercem uma atração inigualável sobre nós.

Há aquelas que dedicam cuidados carinhosos, tratando o sapato como algo sagrado. Confesso, que apesar da minha paixão por eles, não chego a tanto. Sou essencialmente descuidada, mas os meus sapatos eu mantenho sempre limpos e nas caixas originais; porém não exagero no cuidado.

Eu tenho uma teoria que bem pode explicar o motivo dessa nossa paixão desenfreada, e ainda, ajudar alguns homens a entendê-la: quando nós provamos uma roupa, sempre há uma chance de algo dar errado. Roupas marcam, apertam, desvalorizam. Às vezes, roupas não são nossas amigas. Roupas são do mal. E se a roupa não fica boa, a culpa sempre é do nosso corpo, que está com algo sobrando, faltando, pulando, caindo, sei lá... Sapatos não. Nós possuímos um número de sapato, que será o mesmo ainda que estejamos um pouquinho acima do peso, provamos, se não ficar bom, o problema é do sapato, não do nosso pé. Sem falar que, qual é a chance de alguém achar que tem o pé gordo??? Sapatos são amigos. Sapatos são do bem.

Eu costumo dizer que se os diamantes são considerados os melhores amigos das mulheres, os sapatos sem dúvida são a grande paixão das nossas vidas.

As norte-americanas abriram o closet para revelar um segredo: a maioria tem cerca de 19 pares de sapatos, e algumas escondem os sapatos que compram de seus maridos. A minha coleção excede em muitos pares a média das americanas. E quando eu extrapolo, escondo os sapatos que compro de mim mesma, para não arder em culpa.

No ano passado tive o privilégio de ir com o meu namorado ao Vale do Sapateiro, Região Serrana do estado do Rio Grande do Sul. Claro que não perderia a oportunidade de visitar as melhores fábricas de calçados do país e com isso a oportunidade de comprar algum modelito novo para aumentar a minha coleção. Lembro que na fábrica de minha preferência não era dia de venda ao público, porém insisti tanto com o porteiro que ele me deu o celular de um dos gerentes da lojinha de fábrica. Imediatamente liguei para o rapaz, e esse ao perceber a súplica em minha voz, resolveu abrir a loja só para mim, com as seguintes recomendações: deveria entrar sozinha, teria no máximo 15 minutos para as compras e nada de cartões de crédito... só dinheiro!!! Lá fui eu. Feliz e saltitante, pisando em nuvens, mas não sem antes ouvir a recomendação racional do meu namorado: “Bebé, muita calma nessa hora”.

Princesas modernas, batráquios nem tanto...


Era uma vez, numa terra muito distante, uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima que se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas.

Então a rã pulou para o seu colo e disse:

- Linda princesa, eu fui um príncipe muito bonito. uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, engomar as minhas camisas, engraxar os meus sapatos, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

- Nem morta!

Eu posso, mas não convém...


Surgiu há pouco entre mim e uma grande amiga, e colega de trabalho, uma discussão sobre vestuário adequado para se trabalhar. Temos opiniões diversas nesse e em muitos outros quesitos, mas nada que coloque em risco a nossa amizade. Abro essa ressalva porque muitas pessoas transitam do campo das idéias para o pessoal transformando tudo numa grande salada mista.

Sou da opinião de que as nossas escolhas revelam quem somos, e isso diz respeito também ao vestuário. E quando nos vestimos para ir ao trabalho, isso principalmente se tratamos com o público, a nossa roupa, além de um depoimento pessoal, depõem sobre a instituição, empresa ou órgão que representamos.

Penso que a iniciativa privada se preocupe com esse fato na hora da contratação, avaliando a roupa de um candidato á uma vaga na empresa no momento da contratação. Mas o que dizer do serviço público ou das empresas de economia mista, onde a contratação, na maioria das vezes, prescinde de tais entrevistas? Muitos responderiam: cabe o bom o senso de cada um. E eu me pergunto: por onde anda o bom senso?

O tal debate de idéias ocorrido entre mim e a minha colega de trabalho versava principalmente sobre o cumprimento do vestido que ela usava: um floral evasê, de cores vibrantes, quatro dedos acima dos joelhos, cuja barra, sem costuras, levantava ao sabor da brisa deixando à mostra partes, que em tese, expomos apenas na praia ou na intimidade; trazendo um certo constrangimento aos colegas que presenciavam a cena, no estilo Marilyn Monroe, em "O Pecado Mora ao Lado"

Um vestido com tais características não precisa necessariamente ser banido do armário, porém imagino ser mais adequado para um passeio à beira mar, numa tarde de verão, saboreando um delicioso sorvete de pistache.

Muitas mulheres pensam que estar com o corpo em dia, possuir pernas bem torneadas é o passaporte para usar qualquer roupa em qualquer ocasião. Porém a vestimenta de trabalho exige decoro e formalidade, em maior ou menor grau, de acordo com o cargo ou função desempenhada.

Acredito que acerta no vestuário aquele profissional que tem o cuidado de avaliar o perfil da empresa, órgão ou instituição em que trabalha, levando em consideração o cargo ocupado e atividades desenvolvidas em seu meio profissional.

Vale lembrar sempre que a roupa não serve apenas para cobrir os nossos corpos. Elas nos revestem, ou não, de credibilidade e denotam o respeito que temos pela função ou cargo que desempenhamos e por aqueles que nos cercam.

Por que Maquiavel para mulheres?


Maquiavel para Mulheres, não objetiva discutir o pensamento político e sociológico de Nicolau Maquiavel, nem tão pouco é um blog destinado ensinar artimanhas e armadilhas para enredar os pobres incautos do sexo oposto.

Todos já ouviram falar no teórico pensador Italiano Nicolau Maquiavel. Porém, passados mais de quatro séculos da época em que viveu, em todo esse tempo, por mais que se evoque os seus ensinamentos, sem nenhuma cerimônia, tanto no discurso erudito como no universo das relações privadas, na maioria das vezes esse é mal interpretado.O maquiavelismo está associado a idéia de perfídia , a um procedimento astucioso, velhaco, traiçoeiro.

Maquiavel, ao escrever sua principal obra, O PRÍNCIPE, criou um "manual da política", que pode ser interpretado de muitas maneiras diferentes. Talvez por isso sua frase mais famosa: -"Os fins justificam os meios"- seja tão mal interpretada.

Por certo, essa é a sua frase mais famosa, porém em suas obras existe outros pensamentos que são um verdadeiro legado, tais como:

"Não se pode chamar de "valor" assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória”

“Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis."

Para compreender melhor Maquiavel e o seu pensamento é necessário conhecer o momento histórico em que viveu. Mas também não vamos nos ater neste instante a esse tema. Porém, vale lembrar que nosso momento não é de disputa de principados, mas ainda assim, precisamos lidar com a instabilidade, a tirania despótica de chefes, colegas de trabalho e até de familiares.

"Os fins justificam os meios". Maquiavel, ao dizer essa frase, provavelmente não fazia idéia de quanta polêmica ela causaria. Acredito, que a intenção de Maquiavel não era dizer que qualquer atitude é justificada dependendo do seu objetivo. Seria totalmente absurdo mesmo naquela época. O que Maquiavel quis dizer foi que os fins determinam os meios. É de acordo com o seus objetivos que você vai traçar os planos de como atingi-los.