segunda-feira, 4 de maio de 2009

Espelho, espelho meu...



Tudo que é demais sobra. Esse é um dito popular que eu conheço desde criancinha. E, acredite, estudos comprovam que até auto-estima em demasia pode ser prejudicial.

De acordo com estudos recentes, o excesso de amor próprio também pode atrapalhar os relacionamentos pessoais. A auto-estima descontrolada pode interferir nos relacionamentos dificultando-os, favorecendo relações afetivas inadequadas.

O trabalho, publicado na edição de agosto de 2008, no Journal of Personality and Social Psychology, caracteriza as pessoas com essa inclinação narcisista como "jogadores do amor", com uma aversão à independência do parceiro.

Pessoas que possuem o que chamo de “superego descontrol” têm a necessidade constante de estar sob os holofotes, e procuram por relacionamentos que lhes permitam “brilhar” sozinhas. Por isso, é muito comum que esses indivíduos escolham parceiros que possuam pouca expressão econômica, intelectual e, até mesmo, física e estética.

A tônica desses relacionamentos é: “eu sou protagonista dessa história e você sempre será um coadjuvante”.

Não podemos confundir o excesso de auto estima, ou superego descontrol com a auto-estima e auto-confiança, que são princípios importantíssimos à nossa saúde mental e para os nossos relacionamentos.

Ter auto-estima é acreditar que temos valor, que somos capazes de fazer amigos, de ser amado e estar feliz. É reconhecer que merecemos o respeito dos outros e que devemos buscar o nosso bem-estar. Independentemente de outras realizações, se não nos valorizamos e exigimos o respeito dos outros, significa que temos auto-estima baixa.

A auto-confiança diz respeito à segurança em nossa capacidade mental. Não quer dizer que demos acreditar que nunca cometeremos erros, mas que é possível aprender a partir deles. Se não temos auto-confiança, ficamos com medo de errar e não nos sentimos capazes de tomar decisões.

Procurar por relacionamentos afetivos somente com pessoas que nos façam nos sentir “os tais” é um comportamento inadequado e até doentio.

E, permitam-me discordar dos pesquisadores que chamaram tal comportamento de “auto-estima em excesso”. Creio eu que por trás de tal comportamento esconde-se alguém com baixa estima e que por isso necessita tanto de auto-afirmação a qualquer custo.

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Ellen Cristina