segunda-feira, 9 de maio de 2011

"Aprendi o segredo da vida, vendo as pedras que sonham sozinhas no mesmo lugar"

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pequenas Misses



Há uns dez anos um conhecido meu mostrou-me, todo orgulhoso, fotos da sua filhinha. A primeira coisa que notei foi que a criancinha, que tinha na época uns dois aninhos, estava com as minúsculas unhas das mãos pintadas de vermelho. Não se trava de um vermelho qualquer, era um "vermelho super cheguei"...

Foi quando ele me contou, ainda mais envaidecido, que a sua esposa, mãe da criança, fazia uma verdadeira via sacra tentando transformar a filha em modelo fotográfico ou colocá-la em algum comercial de TV. Enquanto isso, ela própria, a mãe da criança, não possuía emprego e nem profissão.

Eu que tenho uma filha na mesma faixa etária pensava: quem poderá livrar essa pobre criança de ser um brinquedo, lucrativo, nas garras dessa mãe psicopata???

Pois é, e quando pensei que já havia visto de tudo em termos de mães sem noção, lí sobre a pequena Bree...

Enquanto a maioria das meninas de 7 anos brinca com os batons da mãe, para Bree Evans, da mesma idade, "beleza" é coisa muito séria. E doentia.

A menina, que frequenta escola primária, recebe a cada dois meses aplicações de botox no rosto e faz preenchimento labial.

E não é só isso. A menina também já tem tatuagem definitiva na pele sob a sobrancelha.

A mãe, Sharon, de 33 anos, faz tudo isso em uma tentativa desesperada de fazer com que a filha seja famosa...

É a própria Sharon quem faz a aplicação dos produtos na filha - os médicos, naturalmente, recusaram-se. E também foi ela quem tatuou a criança - depois de ter aprendido a técnica com um ex-namorado.

Sharon diz querer que Bree seja tão famosa quanto a atriz Willow Smith, de 10 anos, filha de casal hollywoodiano Will e Jada Pinkett Smith.

"Testei o botox e o produto para preenchimento labial em mim mesma antes de aplicar na Bree. Ela ficou receosa, mas também muita animada em se parecer com uma estrela", disse Sharon, segundo o Jornal Sun.

As primeiras sessões da "terapia" foram em setembro. As duas moram em San Diego (Califórnia, EUA).

"Ela chorou um pouco, mas não poderia ficar mais feliz com os resultados", comentou a mãe.

Sharon termina:

"Ela é a minha menina e tenho que garantir que seja uma estrela. Eu sou a mãe dela, a empresária dela, a motivadora dela, a amiga dela".

Agora eu me pergunto: o que faz a justiça norte americana que ainda não suspendeu o poder familiar dessa maluca???

Maluquices à parte, eu entendo que em proporções moderadas, a vaidade infantil é perfeitamente normal e até reflexo de uma auto-estima positiva.

Porém percebo que a maioria das mães que se sentem vaidosas expondo as filhas em concursos de beleza ou inscrevendo-as para tentar carreira de modelo ou atriz mirim, não possuem elas mesmas carreira própria, são desleixadas com a própria aparência e têm baixa estima.

Talvez essas mulheres exercitem, equivocadamente, sua própria vaidade, e até sexualidade, ao observarem a filha ainda pequena assumindo um comportamento de mocinha, sem porém atentarem para o fato de que tal comportamento expõe a criança a uma situação de fragilidade e a olhares maliciosos com os quais ela não tem condições de lidar.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eu não acredito em geladeiras de inox, mas acredito em viagens.


Flávia Mariano é uma jovem fantástica, linda, uma jornalista e escritora que fala de dilemas femininos e sobre mulheres reais, batalhadoras, aventureiras, que vivem em algum lugar do mundo. Ela está sempre maquiada e em cima de um belo salto alto.

Lí uma crônica em seu blog, e a seguir transcrevo alguns trechos, com a qual me identifiquei tão profundamente que parecia que os meus sentimentos haviam sido revelados a essa escritora e blogueira.

"Ontem, eu andava por uma loja de eletrodomésticos e pensava: uma passagem para tal lugar daria para comprar essa geladeira de inox.

Fui ficando meio nervosa, afinal tenho que mobiliar uma casa de cima abaixo. Do garfo ao pregador de roupas. Mas essa é outra história.

Tratei logo de sair da loja e fui ver outras coisas. Eu acredito no prazer que as viagens me trazem. Pessoas invejam, dizem que sou sortuda e bla, bla, bla, mas preferem ter uma geladeira de inox que gela o mesmo que uma branca.

Já eu não acredito em geladeiras, acredito em viagens, em viver enquanto está vivo"

Algumas pessoas perguntam: como você faz para viajar todo ano??? Elejo prioridades. Viagem, você só precisa fazer uma única vez, porque depois que você sente o tal “arzinho diferente” do Duty Free, danou-se. Você percebe que ver o mundo ao vivo é muito mais legal do que no computador. Que você volta melhor para você, para os filhos, para o trabalho. Sua vida rende muito mais.

Então, gostaria de informar para aqueles que pensam que eu tenho uma árvore de One Million Dólar no meu quintal, que se renova diariamente e, por isso, eu posso viajar o mundo sem fazer escolhas... Não. Não tenho."

Pois é... eu sou apenas alguém que prioriza a felicidade: entre possuir uma TV de Plasma e conhecer o mundo ao vivo e em cores reais, opto sempre pela segunda opção.

domingo, 1 de maio de 2011

The best that you can do ...


"I know it's crazy, but it's true:
If you get caught between the Moon and New York City
The best that you can do is fall in love"

Foto by Ellen