sábado, 4 de abril de 2009

E a falta de educação impera, soberana...


O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, atrasou o início da cúpula da aliança militar da Otan, em Estrasburgo, na França, por falar ao telefone celular. A chanceler alemã, Angela Merkel, que é uma das anfitriãs do evento, esperou pelo italiano no tapete vermelho que conduzia à entrada do prédio onde está sendo realizada a cúpula, enquanto Berlusconi falava ao telefone. No início, a Primeira Ministra Angela Merkel riu da bizarrice, enquanto o aguardava desgrudar do celular e cumprir o protocolo... Depois ela foi recebendo outros líderes... E nada do presidente falastrão... Cansada de esperar, após vinte longos minutos, Merkel desistiu e deu início à cúpula sem o italiano.

Que o presidente italiano é um mala e comete gafes lamentáveis, o mundo inteiro já sabe... Mas dessa vez ele se superou... Minha nossa!!!

Tenho visto algumas reportagens na televisão sobre a falta de educação das pessoas ao usar telefones celulares.
Aliás, educação, bom-senso, são palavras desconhecidas numa era em que o mundo digital invadiu e dominou o universo físico. Se não há mais fronteiras para a telefonia sem fio, há menos ainda para o relacionamento do ser humano com a tecnologia.

Ficamos dominados, presos, cercados por uma ilha de comunicação que nos impede simplesmente de ter... silêncio. Nada contra a tecnologia, que muito tem ajudado no dia-a-dia e quebra um galho em emergências. Mas há limites para a necessidade que o ser humano tem de se manter em contato.

O celular é o grande big-brother. Ele está dominando nossas mentes e nossos corpos. É como se usássemos um chip implantado na pele que precisasse ser recarregado todo dia... e ai de nós se sairmos sem ele!!!

E as coitadas, que antes passavam o dia debruçadas sobre o telefone, à espera da ligação redentora, daquele cara, já citado em uma postagem recente, que se recusa a digitar seus números??? Agora elas carregam o aparelho para o banheiro, a academia, dormem em cima dele, estão sempre conectadas a uma esperança vã... Se antes era só sair de casa para a tormenta da ligação não recebida ter fim, agora elas levam a desesperança para a rua.

Não tem fim o tormento de estar sempre disponível. Nos tornamos fáceis demais, preocupados demais, conectados demais. E assim desaprendemos a divagar, a estar sozinhos quando o mundo inteiro gira ao redor. Pode parecer um paradoxo, mas o celular é o carrasco, que nos dá liberdade e ao mesmo tempo nos torna reféns.

2 comentários:

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Ellen Cristina