quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lições Inesquecíveis de Amor & Amizade


Às vezes me pego pensando sobre o sentido especial da vida. Em como posso ser melhor hoje do que fui ontem. E confesso que mesmo pensando muitas vezes não consigo ir além.

Sei que a única coisa que temos para partilhar e devemos nos comprometer em partilhá-lo é o amor. Às vezes e somente às vezes nos sentimos tocados por histórias reais de solidariedade e afeto que nos contam.

Gosto de histórias, e, hoje, sei que é possível chegar ao coração das pessoas com uma boa história; pois, hoje tenho duas boas histórias para lhes contar.

A primeira eu presenciei; a segunda li aqui mesmo na internet. Alguns dias, descendo a rua que vai à direção de uma estação de metrô próximo à minha casa, eu assisti uma cena interessante, de grande beleza e emoção.

No trajeto em que fazia, estava um garoto que não sei o nome com algumas limitações físicas, portador de necessidades especiais como deve ser identificado de forma politicamente correta. No meio da rua, o garoto gritava por Pedro.

Alguns adultos tentavam aproximar-se, mas o garoto, de aproximadamente 11 anos, não aceitava ajuda de ninguém para atravessar a rua em que os ônibus subiam e desciam.

Naquele momento surgiu outro garotinho, era o Pedro. Ele estendeu a mão para o amigo que se acalmou, sorriu e juntos olharam para os dois lados e atravessaram a rua. Pedro o levou até um portão tocou a campainha da casa, alguém recebeu o primeiro menino e Pedro foi embora.

Ele deixou grandes lições em minha mente. Fiquei pensando na confiança do primeiro menino em Pedro, um garoto da mesma idade que ele.

Atravessá-lo, seria fácil para qualquer adulto, mas ele confiava em seu amigo Pedro. A amizade entre eles certamente era muito forte. Quantas pessoas buscam um amigo assim durante toda a vida. A cena mexeu comigo naquele dia e ainda mexe comigo hoje.

A segunda história também é real. No Brooklyn, Nova York, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas para uma escola comum...

Num jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou:

- Onde está a perfeição no meu filho Pedro, se tudo o que DEUS faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não consegue lembrar-se de fatos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus? Para muitas pessoas ele é um erro.

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai, mas ele continuou:

- Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança.

Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro:

- Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam, estavam jogando beisebol. Pedro perguntou-me:

- Pai, você acha que eles me deixariam jogar?

Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria na equipe. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação.

Aproximei-me, então, de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros de equipe e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:

- Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava. Acho que ele pode entrar na nossa equipe e tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada.

Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, a equipe de Pedro marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo por três.

No final da nona rodada, a equipe de Pedro marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Pedro foi escalado para continuar. Uma questão, porém, veio à minha mente: a equipe deixaria Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e deitar fora a possibilidade de ganhar o jogo?

Surpreendentemente, foi dado o bastão a Pedro. Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater.

Foi feito o primeiro arremesso e Pedro balançou, desajeitadamente, e perdeu. Um dos companheiros da equipe de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador.

O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro. Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro da equipe balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador.

O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base, Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo. Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a numa curva, longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base.

Então todo o mundo começou a gritar: Pedro corre para a primeira base, corre para a primeira. Nunca na sua vida ele tinha corrido... mas saiu disparado para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado.

Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que colocaria Pedro fora de jogo, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base. Todo o mundo gritou:

- Corre para a segunda, Pedro, corre para a segunda base.

Pedro correu para a segunda base, enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Pedro alcançou a segunda base, a curta parada adversária colocou-o na direção da terceira base e todos gritaram:

- Corre para a terceira.

Ambas as equipes correram atrás dele gritando:

- Pedro, corre para a base principal.

Pedro correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido o campeonato e ganho o jogo para a equipe dele.

- Naquele dia, disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, aqueles 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!

O fato é verdadeiro e ao mesmo tempo causa-nos tanta estranheza! Entretanto, há pessoas que enviam mil piadas por e-mail e elas espalham-se como fogo, mas, quando enviamos mensagens sobre algo de bom, as pessoas pensam duas vezes antes de compartilhá-las.

Dois “Pedros” capazes de nos levar a refletir sobre o sentido maior da amizade. Todos precisam parar alguns momentos para pensar naquilo que é realmente importante na vida. A amizade e a solidariedade, com certeza, nunca sairão de moda.

É preocupante que coisas grotescas, vulgares e obscenas cruzem livremente o ciberespaço, mas se você decidir passar adiante esta mensagem, não a enviará para muitos de sua lista de endereços, porque não está seguro quanto ao que eles acreditam, ou o que pensarão de você. Mostre que está acima de qualquer tipo de discriminação e envie esta linda e verdadeira história.

Cabe a nós decidirmos se seremos como o primeiro Pedro ou como os amigos do segundo Pedro, amigos de verdade.


Willian Lira Felício
willianfelicio@yahoo.com.br

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