terça-feira, 14 de abril de 2009

A gaiola da obesidade...


Li um dia desses uma matéria com uma psicanalista que partia da premissa de que todo mundo é inseguro.

E realmente, se você parar para pensar, todos nós temos os nossos medos e inseguranças...
Temos medo de perder o amor da mãe, do pai, do filho, dos amigos, do companheiro.

Quem de nós não tem medo de perder o emprego, de se achar dispensável a qualquer momento??? Principalmente se você trabalha na iniciativa privada, mesmo que sua competência profissional seja pública e notória, a insegurança está lá, latente, correndo pelo sangue, amedrontando o dia-a-dia. Mas isso medo real...

O problema é quando essas inseguranças tornam-se exageradas e irreais. E quando tal coisa acontece, é necessário parar para pensar e, numa atitude saudável, pedir ajuda de um profissional.

A insegurança emocional é muito comum, principalmente entre as mulheres e nem sempre reflete a realidade. A pessoa insegura pensa que certamente surgirá alguém melhor do que ela para o seu parceiro. Ou, que talvez já exista, tentando roubá-lo de si.

Um dia desses presenciei algo assim, que me deixou estarrecida e com muita vontade de escrever sobre o assunto.

Em um evento social revi um colega do tempo de adolescência, que estava acompanhado de esposa, filho e sogra. Percebi que ele não estava muito a vontade, mas logo trataram de me explicar que era por causa da esposa... “muito ciumenta”...

Fiquei me perguntando: Mas ciúme do quê??? Ele é um homem comum, não se trata do Gianechini, está bem acima do peso... e além do mais é casado, está acompanhado da esposa, da sogra, do filho, do papagaio, do periquito...

Ciúme do nada, por nada, e pra nada... Essa é a verdade. Para as pessoas inseguras o perigo não é necessariamente real, como o medo de ser assaltado, o medo de descer de bote numa corredeira, ou escalar o Everest...

A insegurança emocional é insana, louca, mal-educada, não escolhe lugar...

Bom, quanto ao moço e a sua esposa ciumenta... Não dei muita bola, pois alguém realmente educado não deixa de conversar com uma colega que não vê há anos, porque a esposa é insegura...

Além do quê, ele me pareceu um tanto esnobe falando de coisas e bens materiais... E quem se comporta assim, não tem muito o quê acrescentar no quesito “idéias”, e, portanto, não merece nem “um dedinho de prosa”.

Mas ainda assim a esposa insegura não se sentia a vontade. Ia e vinha sôfrega. Insana. Frenética...

Intercalava minutos de ausência com manifestações públicas de afeto rasgado para com o marido. Aquelas coisas de beijos e abraços fora do contexto...

É lindo ver um casal apaixonado e sintonizado, mas existem coisas que a gente percebe logo quando é uma forçada de barra para impressionar os expectadores.

Tudo seria algo absolutamente comum. Uma mulher ciumenta e ponto. Uma cena como tantas outras que presenciamos por aí.

Mas depois fiquei sabendo o motivo do sobrepeso do jovem marido...

Pasmem!!! Ele confessou que se fizer dieta e emagrecer os “tantos” quilos que precisa, haverá um “divórcio”!!!

Isso mesmo!!! A esposa deseja que ele continue gordo, pois assim ele fica menos atraente aos olhos das outras mulheres... e com isso, ela se sente segura!!!

Ou, talvez o correto seria dizer que, ela imagina, que estando ele gordo e pouco atraente está mais seguro na gaiola em que ela acredita tê-lo aprisionado...

Já vi muitas gaiolas feitas de intenções, nessa vida... Mas uma gaiola feita da “quase obesidade” do parceiro, essa pra mim é novidade.

E o pior de tudo é que algumas pessoas chamam isso de AMOR.

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Ellen Cristina