quarta-feira, 25 de março de 2009

Eu posso, mas não convém...


Surgiu há pouco entre mim e uma grande amiga, e colega de trabalho, uma discussão sobre vestuário adequado para se trabalhar. Temos opiniões diversas nesse e em muitos outros quesitos, mas nada que coloque em risco a nossa amizade. Abro essa ressalva porque muitas pessoas transitam do campo das idéias para o pessoal transformando tudo numa grande salada mista.

Sou da opinião de que as nossas escolhas revelam quem somos, e isso diz respeito também ao vestuário. E quando nos vestimos para ir ao trabalho, isso principalmente se tratamos com o público, a nossa roupa, além de um depoimento pessoal, depõem sobre a instituição, empresa ou órgão que representamos.

Penso que a iniciativa privada se preocupe com esse fato na hora da contratação, avaliando a roupa de um candidato á uma vaga na empresa no momento da contratação. Mas o que dizer do serviço público ou das empresas de economia mista, onde a contratação, na maioria das vezes, prescinde de tais entrevistas? Muitos responderiam: cabe o bom o senso de cada um. E eu me pergunto: por onde anda o bom senso?

O tal debate de idéias ocorrido entre mim e a minha colega de trabalho versava principalmente sobre o cumprimento do vestido que ela usava: um floral evasê, de cores vibrantes, quatro dedos acima dos joelhos, cuja barra, sem costuras, levantava ao sabor da brisa deixando à mostra partes, que em tese, expomos apenas na praia ou na intimidade; trazendo um certo constrangimento aos colegas que presenciavam a cena, no estilo Marilyn Monroe, em "O Pecado Mora ao Lado"

Um vestido com tais características não precisa necessariamente ser banido do armário, porém imagino ser mais adequado para um passeio à beira mar, numa tarde de verão, saboreando um delicioso sorvete de pistache.

Muitas mulheres pensam que estar com o corpo em dia, possuir pernas bem torneadas é o passaporte para usar qualquer roupa em qualquer ocasião. Porém a vestimenta de trabalho exige decoro e formalidade, em maior ou menor grau, de acordo com o cargo ou função desempenhada.

Acredito que acerta no vestuário aquele profissional que tem o cuidado de avaliar o perfil da empresa, órgão ou instituição em que trabalha, levando em consideração o cargo ocupado e atividades desenvolvidas em seu meio profissional.

Vale lembrar sempre que a roupa não serve apenas para cobrir os nossos corpos. Elas nos revestem, ou não, de credibilidade e denotam o respeito que temos pela função ou cargo que desempenhamos e por aqueles que nos cercam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Esse blog é a minha casa virtual, nele exponho as minhas idéias e coisas interessantes que encontro por aí, tais como poemas, crônicas, dicas... Portanto, seja bem vindo!!! Deixe seus comentários e sugestões, pois será um prazer saber a sua opinião sobre os temas postados. Um beijo enorme!!!
Ellen Cristina