quarta-feira, 25 de março de 2009

Eternas Cinderelas


Sei que esse tema renderá muitas postagens futuras, pois poderia passar horas falando sobre esse objeto de paixão feminina e, ainda assim, não exauriria o assunto por completo. O fato é que nós mulheres adoramos sapatos. Na verdade, somos aficionadas por eles. É pelos pés que mostramos a nossa feminilidade, nossos diferentes estilos e personalidades.

Os homens estranham, e muito, o nosso comportamento. Mesmo possuindo dezenas de pares no guarda-roupa, de variados modelos e cores, nós sempre alegamos a necessidade de um novo par.

A verdade é que, de Imelda Marcos a Carrie Bradshal, as mulheres amam sapatos. Bolsas também, mas os sapatos exercem uma atração inigualável sobre nós.

Há aquelas que dedicam cuidados carinhosos, tratando o sapato como algo sagrado. Confesso, que apesar da minha paixão por eles, não chego a tanto. Sou essencialmente descuidada, mas os meus sapatos eu mantenho sempre limpos e nas caixas originais; porém não exagero no cuidado.

Eu tenho uma teoria que bem pode explicar o motivo dessa nossa paixão desenfreada, e ainda, ajudar alguns homens a entendê-la: quando nós provamos uma roupa, sempre há uma chance de algo dar errado. Roupas marcam, apertam, desvalorizam. Às vezes, roupas não são nossas amigas. Roupas são do mal. E se a roupa não fica boa, a culpa sempre é do nosso corpo, que está com algo sobrando, faltando, pulando, caindo, sei lá... Sapatos não. Nós possuímos um número de sapato, que será o mesmo ainda que estejamos um pouquinho acima do peso, provamos, se não ficar bom, o problema é do sapato, não do nosso pé. Sem falar que, qual é a chance de alguém achar que tem o pé gordo??? Sapatos são amigos. Sapatos são do bem.

Eu costumo dizer que se os diamantes são considerados os melhores amigos das mulheres, os sapatos sem dúvida são a grande paixão das nossas vidas.

As norte-americanas abriram o closet para revelar um segredo: a maioria tem cerca de 19 pares de sapatos, e algumas escondem os sapatos que compram de seus maridos. A minha coleção excede em muitos pares a média das americanas. E quando eu extrapolo, escondo os sapatos que compro de mim mesma, para não arder em culpa.

No ano passado tive o privilégio de ir com o meu namorado ao Vale do Sapateiro, Região Serrana do estado do Rio Grande do Sul. Claro que não perderia a oportunidade de visitar as melhores fábricas de calçados do país e com isso a oportunidade de comprar algum modelito novo para aumentar a minha coleção. Lembro que na fábrica de minha preferência não era dia de venda ao público, porém insisti tanto com o porteiro que ele me deu o celular de um dos gerentes da lojinha de fábrica. Imediatamente liguei para o rapaz, e esse ao perceber a súplica em minha voz, resolveu abrir a loja só para mim, com as seguintes recomendações: deveria entrar sozinha, teria no máximo 15 minutos para as compras e nada de cartões de crédito... só dinheiro!!! Lá fui eu. Feliz e saltitante, pisando em nuvens, mas não sem antes ouvir a recomendação racional do meu namorado: “Bebé, muita calma nessa hora”.

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Ellen Cristina