terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mas eu me mordo de ciúme...


“Meu bem me deixa sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom ter liberdade
Que não há mal nenhum em ter outra amizade
E que brigar por isso é muita crueldade
Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme”

Quem não se lembra dessa música da banda Ultraje a Rigor que embalava as festinhas dos anos 80??? Pois é... O ciúme... Sempre o ciúme!!!

Há uma escola de pensamento chamada de Psicologia Evolucionista que sustenta que o ciúme seria herança da nossa longa evolução desde as savanas africanas.

Ao longo de um milhão de anos, a natureza teria aprimorado um "gene do ciúme" - para impedir que o macho fosse traído e perpetuasse a descendência dos outros - e ele continuaria funcionando ainda hoje, como um nódulo troglodita no meio do cérebro moderno. Mais uma tremenda baboseira evolucionista!!!

Um artigo da Newsweek demole esse álibi. Mostra que o cérebro humano não evoluiu por nódulos de pré-programação. Ele se adapta livremente ao ambiente que o cerca. Em nosso caso, à cultura.

É por isso que um liberal sueco e um talibã afegão têm atitudes diferentes diante do ciúme. O sueco assume a liberdade e a independência da parceira e vive com as conseqüências disso. O talibã acredita que pode matar diante de uma ameaça à sua honra.

Não há nódulo de ciúme: há cultura, educação e, como sempre, livre arbítrio. Homem nenhum é obrigado por forças genéticas a portar-se como louco, sobretudo em uma cultura flexível como a do Brasil. E nenhuma mulher é forçada por genes ancestrais a aceitar a truculência como fato da vida. Aceita quem gosta ou quem quer. Sempre que presencio cenas de ciúme, me questiono: por quê alguém aceita um parceiro ciumento???

Existe um outro lado dessa história: há mulheres, não poucas, que vêm nesse tipo de homem uma forma de se auto valorizar, são pessoas com baixa estima que precisam de um troglodita para se sentirem relevantes na vida de alguém. Buscam sentido. Além, claro, daquelas que apenas repetem padrões que vivenciaram em casa e que tomaram como realidade única.

Portanto, acredito que o ciumento existe pela complacência do parceiro. Realmente, tanto homens quanto mulheres confundem ciúme com amor. Claro que uma pequena demonstração de ciúme faz bem pro ego, mas os limites precisam ser estabelecidos.

Talvez por não fazer parte da minha natureza ser ciumenta, não tolero esse tipo de chilique. Um dos fatores que me fizeram rever a relação, e decidir terminá-la, com o meu ex namorado foi porque ele revirou o meu celular enquanto estava em minha casa e veio tirar satisfações. Comigo esse tipo de comportamento não se desenvolve, porque não dou espaço. Violência fisica, então, fora de cogitação, é caso de policia.

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Ellen Cristina